Um projeto elaborado por estudantes da Escola Politécnica Federal de Lausanne, na Suíça, pode dar outra cara a aviação comercial. O grupo apresentou recentemente o projeto “Clip-Air”, um avião modular onde cápsulas de transporte de carga ou passageiros podem ser rapidamente conectadas e desconectadas. Mas a ideia não para por aí.
As próprias cápsulas também podem ser vagões de trem ou então um ônibus especial, que em seguida é acoplado aos “cabides” da aeronave. Isso pode permitir aos passageiros, por exemplo, pegar um transporte terrestre e seguir direto ao avião estacionado no aeroporto e decolar sem precisar enfrentar filas ou despachar bagagens.
“Nós ainda temos que superar várias barreiras, mas acreditamos que vale a pena trabalhar nesse conceito, tão diferente da tecnologia atual de aeronaves, mas que pode ter um impacto enorme na sociedade,” disse Claudio Leonardi, responsável pelo projeto Clip-Air.
Segundo a escola suíça, o objetivo principal do projeto é dar flexibilidade ao transporte aéreo, integrando-o com os meios de transporte usados nos grandes centros urbanos, cujos aeroportos estão próximos do limite operacional em todo o mundo.
Módulos
De acordo com os projetistas, os módulos poderão pesar até 30 toneladas quanto totalmente carregados. É o suficiente para transportar 150 passageiros, e suas bagagens, ou ainda substituir contêineres de carga. Nesse caso, a cápsula de carga pode sair da fábrica e ir direto para o avião, agilizando a logística de distribuição, exportação e importação.
Clip-Air versus Airbus A320
Como explica a escola suíça, cada módulo tem a mesma capacidade de carga que um Airbus A320, mas pode operar de forma mais eficiente. Para cada cápsula, o avião deve ter pelo menos um motor, ao passo que o A320 é uma aeronave bimotor, permitindo maior economia de combustível, além das facilidade de embarque e desembarque.
Longo caminho
O projeto ainda propõe diversas versões de aeronaves e módulos, mas a concretização ainda deve demorar, apesar do grupo já trabalhar na construção de um protótipo em escala reduzida. A maior versão do Clip-Air, capaz de carregar até três módulos, ainda deve levar entre 40 e 50 anos para se tornar operacional, prevê a escola de Lausanne.
Fonte: Jornal do Ar
uma mistura de mi-10 com o White Knight da space ship one