A Força Aérea da Colômbia (FAC – Fuerza Aérea Colombiana), hoje uma das mais poderosas da América Latina, completou neste mês o projeto de modernização de sua frota de caças Kfir. O processo de atualização das aeronaves, iniciado em 2015, foi realizado no próprio país pela IAI, empresa de Israel que também é a fabricante do caça.
Segundo a empresa israelense, as aeronaves colombianas, 22 exemplares ao todo, receberam sistemas de voo da “geração 4,5” (a mais avançada atualmente é a geração 5) que permitem o uso de armamentos mais avançados com maior alcance e precisão. Outra modificação importante foi a troca de motores por modelos novos e mais modernos.
A IAI ainda afirma que os Kfir modernizados entregues à FAC alcançaram uma capacidade operacional e um nível de combate similares às do F-16 Falcon, tradicional caça da Lockheed-Martin. Esse mesmo programa de atualização e sobrevida também estão sendo realizados com os Kfirs das forças aéreas do Equador e Sri Lanka.
“O Kfir modernizado é um avião de combate multipropósito contruído em Israel com aviônica de ponta, sistemas avançados e de armas e autoproteção, reabastecimento aéreo e outras características que o tornam uma das máquinas de guerra aérea mais eficientes do mundo”, disse Joseph Weiss, CEO da IAI.
“Esse projeto é de importância primordial para a força aérea colombiana e outro grande exemplo de nossa parceria de longa data com a IAI. A combinação de radar, sistemas de comunicação e tecnologias avançadas fez do Kfir o líder de esquadrão que ele é”, comentou o general Carlos Eduardo Bueno, comandante da FAC.
Leãozinho de Israel
Em 1967, logo após a Guerra dos Seis Dias, Israel enfrentou um embargo de vendas de armas imposto pela França, que era seu tradicional fornecedor de material bélico. Cercado de ameaças e precisando reforçar seu arsenal, o país, por meio da Israel Aerospace Industries (IAI), decidiu desenvolver de forma independente seu próprio caça-bombardeiro.
O Kfir, que em hebraico significa “leãozinho”, é uma transformação radical (e até mais avançada) do caça francês Dassault Mirage III/5. Seu desenvolvimento começou de forma secreta e em várias fases Israel conseguiu desenhos de projetos de sistemas e motores por meio de ações de espionagem.
A aeronave da IAI foi uma das mais letais em conflitos que aconteceram na década de 1970 e 1980, em especial da Guerra do Yom Kippur, quando os Kfir abateram mais de 100 aviões do Iraque, Síria e Egito, praticamente aniquilando as forças aéreas desses países por quase uma década. A aeronave, porém, já não voa mais com a força aérea de Israel.
Recentemente, a Argentina negociou a compra de caças Kfir desativados e atualmente estocados em Israel. A negociação, porém, não foi adiante.
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É impressionante que um país muito inferior ao Brasil tenha caças superiores aos nossos. A Colômbia agiu de maneira assertiva na atualização destes belos exemplares.
Nossos F5, mesmo atualizados, não são páreo para os Kfir. Além disso, parece que o GRIPEN vai demorar muito, só pra depois de 2028. Triste!