A Boeing chegou ao seu nível mais baixo de entregas de aeronaves comerciais em novembro, com apenas 13 jatos enviados aos seus clientes, um a menos do que outubro.
O resultado é reflexo da longa greve que atingiu as fábricas de Renton e Everett entre 13 de setembro e 4 de novembro, atrasando a já afetada produção de aviões.
Foram entregues nove 737 MAX, dois 787-9 e dois 777F no mês passado. Destes, apenas o Dreamliner é produzido em outra fábrica, na Carolina do Sul, e que está funcionando normalmente.
No acumulado de 2024 foram entregues 318 jatos comerciais contra 461 no mesmo período de 2023.
A situação não deve melhorar tão cedo já que a Boeing só retomou a produção do 737 em 7 de dezembro, ainda assim em um ritmo bastante lento.
Na postagem na rede social “X” de terça-feira, a Boeing disse que “nossa equipe de produção levou novas fuselagens do 737 MAX para a fábrica de Renton, e os companheiros de equipe que ajudaram a preparar a fábrica estão prontos para retomar a produção.”
100 aviões a menos que em 2023
O ano de 2024 tem sido duro com a Boeing, em meio a seguidos problemas em suas linhas de montagem, fornecedores e com todo escrutínio público que desgastou a imagem da companhia, fez suas ações perderem valor e viu sua cúpula ser substituída.
Um sintoma disso é que o 737 MAX, que acumula mais de 4.200 pedidos pendentes, teve apenas 243 aeronaves entregues em 11 meses, exatos 100 jatos a menos que no ano passado até aqui.
Todos os modelos da Boeing apresentam queda nas entregas, o pior deles o 787-8, que teve apenas um avião enviado a cliente contra 10 no ano passado.
O 787-10 é o menos afetado, por outro lado, com 18 aviões entregues neste ano, dois a menos do que em 2023.
49 pedidos em novembro
A Boeing ao menos revelou bons pedidos em novembro, 15 deles feitos pela Força Aérea dos EUA para novos KC-46A Pegasus.
A Alaska Airlines adicionou cinco 737 MAX enquanto a arrendadora BOC Aviation, outros 14 jatos do mesmo tipo. Houve ainda um pedido de 15 737 MAX de um cliente não identificado.