A Airberlin, da Alemanha, se deparou com uma situação um tanto inusitada nessa terça-feira (12). A empresa precisou cancelar mais 100 voos após cerca de 200 pilotos alegarem que estavam “doentes” pouco antes de chegarem às aeronaves para trabalhar. A notícia foi confirmada pelo CEO da companhia aérea, Thomas Winkelmann.
A ação dos pilotos da empresa, no entanto, pode ser uma greve disfarçada de “epidemia”. A Airberlin enfrenta atualmente um processo de insolvência e corre o risco de ser desativada. Em abril deste ano a companhia perdeu o apoio financeiro da Etihad Airways, que detém 30% das ações do grupo alemão.
A situação rendeu um “puxão de orelha” do CEO da companhia: “os funcionários da Airberlin sempre lidaram muito profissionalmente com a situação difícil da empresa. Eles merecem um grande crédito por isso. Mas o que vimos hoje com parte da força de trabalho equivale a jogar com fogo. Hoje nos custou vários milhões de euros. Atualmente estamos conduzindo negociações finais com potenciais investidores. É essencial que as operações sejam estáveis para que essas negociações funcionem bem. Essa é a única maneira de garantir o máximo de trabalho possível.”
Frank Kebekus, o principal representante dos funcionários da empresa, ainda complementou: “Os eventos de hoje comprometem seriamente a totalidade do processo de insolvência. Se a situação não mudar rapidamente, teremos que cessar as operações e, portanto, qualquer esforço de reestruturação.”
Segundo reportagem do Air Transport World, a paralisação dos pilotos da Airberlin afetou mais de 8.000 passageiros que tinham voos reservados.
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