A resposta da Embraer para um período de vacas magras demorou mas veio em grande estilo em Farnborough. Depois de assistir sua principal concorrente Bombardier receber atenção da mídia com a bem sucedida C Series, jatos comerciais que acabaram incorporados pela Airbus, e ver seu nome envolvido na negociação com a Boeing, a fabricante brasileira carecia há tempos de uma boa encomenda de seus aviões. E ela veio em série, com oito clientes fechando pedidos para um total de 300 aeronaves que se confirmados gerarão uma receita de nada menos que 15 bilhões de dólares (quase R$ 60 bilhões).
O negócio mais vistoso foi anunciado nesta terça-feira (17) com a companhia americana Republic Airlines. A regional opera voos para as três grandes companhias aéreas do país e é o maior cliente da Embraer nos Estados Unidos. Foram encomendados nada menos que 100 jatos E175 mais 100 opções de compra. Detalhe: esse pedido pode ser convertido para o novo E175-E2, versão menor da nova família e que entrará em operação em 2021.
Outra boa novidade é a encomenda de 10 E195-E2 com opção para mais 10 aviões pela companhia aérea Wataniya Airways, do Kuwait. Ela será a cliente lançadora do novo jato da Embraer no Oriente Médio. Além dela, a Mauritania Airlines, por exemplo, comprou dois E175 enquanto a suíça Helvetic Airways fechou negócio para 12 unidades do E190-E2 com opção para mais 12 aviões e que podem ser convertidos para o maior E195-E2. Já a empresa de leasing NAC adquiriu três E190-E2 e um cliente não identificado espanhol, outros três E195-E2 com opção para mais duas aeronaves.
Somadas às encomendas da United (25 E175) e da Azul (21 E195-E2), a Embraer acumulou uma carteira com potencial para 300 aviões. “Hoje a Embraer reafirma sua liderança no mercado de aviões comerciais com até 150 assentos”, comemorou John Slattery, presidente da empresa na feira britânica.
Contra-ataque
Os múltiplos anúncios desta terça são uma resposta vigorosa da empresa após ver sua família de jatos preterida por clientes tradicionais como a JetBlue e a nova companhia aérea de David Neeleman, fundador da Azul. A primeira, também criação do executivo, decidiu encomendar o rival A220-300 (ex-CS300) para substituir seus Embraer E190. Já a nova empreitada de Neeleman, que ainda não teve seu nome divulgado, revelou também em Farnborough uma grande encomenda de 60 A220-300 – os aviões serão entregues a partir de 2021.
Chama a atenção, no entanto, que as novas encomendas de aviões da Embraer sejam em sua maioria da família E-Jet e não da nova E-2, embora em grande parte possam ser convertidas para o novo jato. Espera-se que a união com a Boeing acabe potencializando ainda mais pedidos dos aviões brasileiros, mas é bom ver que a Embraer ainda é capaz de ser a estrela de um show aéreo.
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Viva o interesse da Boeing e o prestigio da Embraer. Graças ao finado presidente Itamar que a privatizou salvando a empresa da falencia do Governo Sarney,
Faz alguns anos comecei a observar o desdém da aviação comercial alemã com a Embraer. É que de toda sua frota de aeronaves que tem estampado o modelo na fuselagem oninco equipamento da Lufthansa que não o tem são os Embraer, seria a dificuldade em pronunciar o nome ou reconhecer a envergadura de Uma grande empresa de um país subdesenvolvido?
Parabéns a Embraer, que seja o inicio de bons negócios que não só é bom para a empresa, mas principalmente para a economia de nosso pais que traz novas oportunidades de trabalho a nação.
Temos orgulho deste empresa.! Vai ficar ainda mais forte. forte tempo vai mostrar. Parabéns a todos que participam deste projeto.
A Embraer e um exemplo claro de que a privatização é a melhor saída para o Brasil.