A Força Aérea do Estados Unidos (USAF) é tão rica e poderosa que pode se dar ao luxo de criar um grupo de treinamento de combates simulados equipado com os modernos jatos Lockheed Martin F-35. O caça furtivo de quinta geração agora é o novo membro da frota do 65º Esquadrão Agressor, que foi reativado pela USAF nesta semana na base aérea de Nellis, no estado de Nevada.
Em discurso sobre a reativação do esquadrão agressor, o comandante do Comando de Combate Aérea da USAF, o general Mark Kelly, justificou o emprego do F-35 em combates simulados devido a ameaça de novos caças de quinta e sexta geração da China.
“Devido à crescente ameaça representada pelo desenvolvimento de caças de quinta e sexta geração da República Popular da China, devemos usar nossa aeronave de quinta geração para replicar as capacidades da quinta geração adversária”, disse Kelly. “Precisamente porque temos essa ameaça credível, quando replicamos um adversário de quinta geração, isso deve ser feito profissionalmente. Esses são os Agressores.”
Em 2019, a USAF aprovou a reativação do 65º Esquadrão Agressor com os F-35 para melhorar o treinamento e o desenvolvimento de táticas de caça de quinta geração. Anteriormente, entre 2005 a 2015, o grupo empregava uma frota de caças F-15 Eagle para replicar táticas e técnicas de potenciais adversários.
“Este marco significativo denota nossa capacidade de trazer capacidades de quinta geração para a luta de ponta e nos permitirá aprimorar nossas táticas e treinamento de primeira linha com forças conjuntas, aliadas e de coalizão”, disse o General Michael Drowley, comandante da 57ª Ala da USAF.
O programa de esquadrões agressores da USAF começou na década de 1970 para fornecer aos pilotos a oportunidade de treinar contra uma força inimiga, simulando táticas adversárias. Com o passar dos anos, a prática também se tornou um negócio rentável nos EUA com o surgimento de empresas privadas que prestam o serviço de agressor, como a Draken International e a ATAC, que possuem uma variada gama de aeronaves de combate de segunda mão modificadas para a função.
“Usar o F-35 como agressor permite que os pilotos treinem contra ameaças pouco observáveis,semelhantes às que os adversários estão desenvolvendo”, disse o coronel Scott Mills, comandante do 57º Grupo de Operações.
De acordo com a USAF, os F-35 agressores também serão empregados em grandes exercícios militares das forças armadas dos EUA e em eventos conjunto com forças aliadas dos americanos.
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