Foram 370 horas no ar em 132 voos realizados desde o final de 2018 para que o A330-800 recebesse a certificação de tipo conjunta concedida pelo FAA dos EUA e a EASA, a agência de aviação civil europeia, nesta quinta-feira, 13. A Airbus pretende entregar o primeiro exemplar de produção ainda em 2020, porém não adiantou quando isso deverá ocorrer. Sem citar especificamente a versão -800, a fabricante afirmou que a “família A330neo já garantiu 337 encomendas firmes de 22 operadores”.
Variante de menor capacidade do novo A330neo, o novo jato pode transportar de 220 passageiros em três classes ou 406 ocupantes numa configuração de alta densidade. Sua maior virtude, no entanto, é o imenso alcance: o A330-800 pode voar distâncias de até 15.100 km com uma configuração de três classes.
A performance é possível graças aos melhoramentos recebidos como as asas em material composto de desenho avançado e dotadas de sharklets, e também da adoção dos motores turbofans Trent 7000, que juntos propiciam uma economia de 25% em consumo de combustível em relação a jatos mais antigos e do mesmo porte.
Mas essas virtudes parecem não ter sensibilizado as companhias aéreas até agora. Apenas duas empresas, a Kuwait Airways, com oito aviões e a Uganda Airlines, com dois, anunciaram pedidos pelo A330-800. A Airbus ainda afirma que há quatro aeronaves encomendadas por clientes não revelados.
Menos A330 em produção
Com peso máximo de decolagem de 242 toneladas, o A330-800 se situa entre o Boeing 787-8 e 787-9 oferecendo mais alcance que os rivais. Ou seja, é atualmente um dos menores widebodies do mercado sendo a opção natural para empresas que precisam de mais de um A321, por exemplo.
No entanto, a Airbus pretende reduzir o ritmo de produção do A330, incluindo a variante mais bem sucedida (-900) que é usada pela Azul no Brasil. A informação foi revelada pelo CEO da empresa, Guillaume Faury, nesta quinta-feira durante a divulgação dos resultados da fabricante em 2019.
Segundo Faury, a meta é produzir apenas 40 A330 em 2020 para se ajustar à demanda do mercado. Situação semelhante foi apontada pela Boeing para justificar uma brutal redução na produção do 787 nos próximos anos. O A350, por sua vez, continuará a ser produzido numa cadência de até 10 aeronaves por mês.
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