Primeira low-cost argentina a estrear após a desregulamentação da aviação em nosso vizinho, a Flybondi inaugurou seu terceiro destino no Brasil nesta sexta-feira, São Paulo. A capital paulista passa a conta com três voos semanais para Buenos Aires, operados com jatos Boeing 737-800 NG configurados com 189 assentos.
As partidas de Buenos Aires ocorrem nas segundas, quartas e sextas-feiras às 15h10 com pouso em Guarulhos às 18h00. O retorno se dá às 18h45 com chegada no aeroporto El Palomar às 21h50. Os preços, segundo a empresa, começam em R$ 357.
Embora tenha apenas cinco aviões, a Flybondi tem sido a mais bem sucedida low-cost argentina. Enquanto a Avianca Argentina sucumbiu no embalo da prima brasileira e a Norwegian Air tenha sido absorvida pela JetSmart, uma low-cost de origem chilena, a companhias dos 737 pintados em amarelo tem obtido uma boa taxa de ocupação em seus voos.
No Brasil, a Flybondi estreou na rota Buenos Aires-Rio de Janeiro em outubro e tem obtido índices de ocupação altíssimos, sobretudo de turistas argentinos. A taxa média de ocupação em seus voos, segundo a ANAC, foi de 85%, mas a perna El Palomar-Galeão teve pico de 95% em novembro. No ano passado, ela transportou 7 mil passageiros entre a Argentina e o Rio e 5,8 mil no caminho inverso. Florianópolis, seu segundo destino no Brasil, estreou em dezembro e teve neste mês uma ocupação média de 76% em seu voos.
Quarta frequência
Segundo a Flybondi, a ocupação dos voos para São Paulo já atingiu a média de 80%. A partir de março, o voo ganhará uma quarta frequência semanal em dia ainda não revelado. A companhia também afirmou em encontro com a imprensa que estuda outras cidades brasileiras, além de Porto Alegre, onde estreará em breve. Entre os destinos visados estão Belo Horizonte, Brasília e Recife, porém, o plano de expansão esbarra na falta de aeronaves – ela admite que não tem planos de incorporar mais jatos num prazo mais curto.
O bom desempenho da empresa tem entre seus motivos o fato de as vendas diretas pelo seu site responderem por 98% do movimento, o que reduz custos. O futuro da Flybondi (e de outras companhias aéreas privadas), no entanto, depende da recuperação da economia argentina, que há anos está estagnada. O novo governo, de tendência nacionalista e que assumiu no final de 2019, no entanto, não é favorável a uma competição mais aberta e já sinalizou em direções preocupantes como em reinvestir na estatal Aerolíneas Argentinas que, a despeito das low-cost, ainda domina o mercado do país vizinho.
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