A fabricante chinesa COMAC assumiu pela primeira vez que não vai conseguir certificar o jato comercial C919 no próximo ano. Wu Guanghui, projetista-chefe do programa, disse ao China News Service que a empresa pretende receber o certificado de aeronavegabilidade para o avião somente em 2021.
Isso marca mais um atraso no projeto do C919 e também empurra para mais adiante a estreia comercial da aeronave, que deve chegar ao mercado somente em meados de 2022. A COMAC iniciou o desenvolvimento da aeronave em 2008 e as primeiras entregas eram previstas para 2016. O primeiro voo do jato, porém, aconteceu somente em 5 de maio de 2017.
Segundo o noticiário chinês, a fabricante está realizando ensaios mais intensos com o C919 em vários aeroportos na China. O programa é realizado atualmente com quatro protótipos e até o final deste ano serão construídos mais dois aviões de testes.
Apesar dos atrasos no programa, o C919 já acumula mais de 1.000 pedidos firmes e opções de compra de 28 clientes, a maioria de empresas e órgãos da China.
Metas ambiciosas
O jato da COMAC é proposto para concorrer com os tradicionais Boeing 737 e Airbus A320, hoje os aviões comerciais mais vendidos do mundo. A meta da fabricante é conquistar um terço do mercado chinês de jatos narrowbody (fuselagem estreita) e mais um quinto desse filão até 2035, o que representa algo em torno de 2.500 aviões.
Os aviônicos e motores do C919 são fornecidos por empresas ocidentais e parte do programa de certificação segue padrões dos EUA e Europa, já em preparação para possíveis encomendas de companhias de fora da China. Os testes e a homologação do jato são acompanhados pela CAAC (Administração de Aviação Civil da China).
Além de oferecer capacidade e performance semelhantes às do 737 e A320, o C919 tem ainda a seu favor o baixo o preço. A aeronave é avaliada entre US$ 50 milhões e US$ 60 milhões, a metade do valor pedido pela Airbus e Boeing por seus jatos mais vendidos.
Embora tenha boas credenciais e um preço altamente competitivo, a COMAC ainda precisa provar que o C919 pode operar na aviação comercial com segurança, na China ou em outro país.
Veja mais: SkyWest anuncia compra de mais sete jatos Embraer E175
Avião chinês? Há Há Há! Nem a pau , Juvenal
Mil encomendas! 999 de dentro da China!
Ao Joaquim, por acaso você não usa ou possui algum produto que tenha componentes produzidos na China? Esses caras até enviaram um objeto à Lua. E nós enviamos o que? Não me surpreenderei se daqui a vinte anos várias companhias ocidentais estarão usando aviões chineses.
Joaquim Pulino Neto voce sente invejas pelo sucesso alheio a ter vergonhas pelos fracassos nacionais como ver bye bye Embraer. Se informe mais, estude mais e não seja discípulo do seu presidente.