A Aeroflot, por meio de sua subsidiária Rossiya Airlines, retomou o voo direto entre a Rússia e Cuba desde o dia 1º de julho.
A rota entre Moscou e resort Varadero por enquanto é operada apenas duas vezes por semana (às quintas e sábados) com o Boeing 777-300ER. O voo de retorno ocorre no mesmo dia da chegada, com quase 13 horas de duração.
Embora as duas cidades sejam separadas por cerca de 9.500 km, o voo percorre ao menos 11.000 km por conta do fechamento do espaço aéreo para aeronaves russas tanto pela Europa quanto na América do Norte, após invasão à Ucrânia.
As restrições obrigam o 777-300ER a decolar do Aeroporto de Sheremetyevo em direção ao norte, deixando o território russo pela região de Murmansk em vez de cruzar países como a Finlândia e a Suécia.
Já no Mar de Barents, a aeronave da Rossiya faz uma curva à esquerda com proa para o oeste, cruza o Mar da Noruega e voa entre a Groenlândia e a Islândia, seguindo no sentido sudoeste, ao largo do Canadá e dos Estados Unidos, para permanecer em águas internacionais.
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Só então, já próximo da ilha caribenha, o Boeing 777 faz uma curva à direita em direção ao Aeroporto Juan Gualberto Gomez, em Varadero, um destino turístico apreciado pelos russos.
Rota realizada desde 1962
“Cuba é um parceiro fundamental da Rússia na América Central e é absolutamente lógico que seja necessário desenvolver relações econômicas entre nossos países”, disse Dmitry Chernyshenko, vice-primeiro-ministro da Federação Russa.
Chernyshenko ainda acrescentou que “Cuba também é um resort seguro, acessível e sem visto, onde os cidadãos da Rússia preferem descansar”.
A rota entre a Rússia e Cuba é uma das mais antigas operadas pela Aeroflot, companhia aérea criada em 1923, alguns anos após o surgimento da União Soviética.
O primeiro voo regular entre os dois países foi iniciado em 1962 com aeronaves turboélices quadrimotores Tupolev Tu-114, variante comercial derivada do bombardeiro Tu-95 “Bear”.