Assim como esperado, o 737 MAX 7, prefixo N7201S, decolou do Boeing Field, em Seattle, às 9h55 desta segunda-feia, 29, para o primeiro de vários voos de certificação que serão realizados nos próximos dias em conjunto com a FAA, agência de aviação civil dos EUA.
A aeronave de teste, um dos protótipos usados pela Boeing na sua homologação original, permaneceu no ar por pouco mais de duas horas até realizar o pouso no Aeroporto de Moses Lake, onde a fabricante mantém uma estrutura para testes. Cerca de de uma hora depois, às 12h15 (horário local), o jato havia voltado a decolar sem destino informado em seu ADS-B.
A Boeing, no entanto, ainda não se manifestou a respeito do início dos voos de certificação. Na sexta-feira, 26, a empresa realizou dois voos bastante semelhantes com a mesma aeronave, que está equipada com vários intrumentos e sensores para registrar o funcionamento das modificações introduzidas no 737 MAX após os acidentes que vitimaram 346 pessoas.
A FAA, por sua vez, confirmou nesta segunda-feira que está “realizando uma série de voos de certificação nesta semana para avaliar as alterações propostas pela Boeing ao sistema de controle de vôo automatizado no 737 MAX“.
Ainda segundo a autoridade de aviação civil dos EUA, esses voos “incluirão uma ampla variedade de manobras de voo e procedimentos de emergência para avaliar se as alterações atendem aos padrões de certificação da FAA. Os testes estão sendo conduzidos por pilotos e engenheiros da agência e da Boeing“.
Mais de 800 aviões aterrados
Apesar da boa notícia, a agência fez questão de reforçar que o 737 MAX só será liberado para voltar a voar quando a Boeing conseguir provar que o jato atende aos padrões de certificação. “Embora os vôos de certificação sejam um marco importante, várias tarefas importantes permanecem. A FAA está seguindo um processo deliberado e levará o tempo necessário para analisar minuciosamente o trabalho da Boeing“, explicou.
Desde que foi proibido de voar, em março de 2019, o 737 MAX acumula unidades novas finalizadas com outras centenas que haviam sido entregues e estão estocadas. Estima-se que ao menos 800 aviões estejam aterrados e esse número deve subir já que a Boeing voltou a montá-lo, embora em ritmo bastante lento.
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