Ninguém gosta quando tem seu voo cancelado, seja qual for o motivo. O mau tempo é quase sempre o principal culpado pelos cancelamentos de pousos e decolagens em aeroportos. E não adianta reclamar, nem bater o pé. A aviação, especialmente a ala comercial, precisa respeitar uma série de procedimentos de segurança que muitas vezes são impossíveis de serem realizados quando chove forte ou em casos de céu encoberto por neblina.
Para entender melhor essas situações, a companhia aérea Gol elaborou uma cartilha para esclarecer esse assunto que incomoda tantos passageiros, em especial os mais apressados.
De olho no céu
As condições climáticas nos aeroportos são avaliadas de hora em hora por um meteorologista do órgão regulador, que a cada observação elabora um boletim com informações sobre visibilidade, teto (a distância entre o solo e a base das nuvens), velocidade e direção do vento, além da presença de chuva ou de nuvens pesadas.
Instrumentos
Para o avião pousar sem o auxílio de equipamentos, a legislação brasileira estabelece um mínimo de 5 mil metros de visibilidade e 450 metros de teto. Já em pousos por instrumentos, os números são menores e variam com três fatores: a carta de aproximação usada, que determina o percurso que o avião realiza antes da aterrissagem e estabelece os valores mínimos de teto e visibilidade; o tipo de equipamento de auxílio à navegação e os recursos do avião.
Sem fechar
Em aeroportos e aviões mais modernos, existe um tipo de procedimento para aproximação que reduz ainda mais os valores mínimos de teto e visibilidade: o RNP-AR (sigla em inglês para Performance de Navegação Requerida).
Esse tipo de procedimento, disponível no Brasil apenas no aeroporto de Santos Dumont (RJ), permite fazer trajetos com menos curvas e manobras, além de utilizar um avançado sistema via satélite para orientar o pouso da aeronave com segurança e precisão.
Suspensão
Quando o teto ou a visibilidade está abaixo do mínimo previsto nas cartas de aproximação, o meteorologista informa a torre de controle, que fecha as pistas e suspende pousos e decolagens.
Com o tempo fechado, as observações meteorológicas tornam-se mais frequentes e os boletins são emitidos em intervalos menores – a cada 15 minutos, por exemplo.
O aeroporto fechou. E agora?
Ao receber orientação de não pousar, o piloto precisa mudar a rota para outro aeroporto previamente indicado no plano de voo.
O aeroporto alternativo é decidido com o objetivo de manter a segurança da operação, mesmo que ele seja distante do destino final. Também há casos em que a melhor alternativa pode ser voltar ao aeroporto de onde a aeronave decolou para distribuir os passageiros em outros voos.
E quais são as ações da companhia?
Quando o voo pousar em um aeroporto diferente do previsto, a companhia tem como premissa levar o passageiro ao destino escolhido, mesmo que esse aeroporto esteja fechado.
Dentro das alternativas, a companhia pode aguardar a abertura do aeroporto de chegada para fazer nova decolagem e seguir viagem, realocar os passageiros em outros voos próprios ou em outras empresas aéreas e, até mesmo, fazer o trajeto de ônibus.
Em caso de atrasos, a companhia segue as normas da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), que estabelece:
A partir de 1 hora – comunicar e orientar o passageiro pela internet ou por telefone;
A partir de 2 horas – oferecer alimentação e acessos a telefone e internet;
A partir de 4 horas – os clientes têm direito a hospedagem e transporte até o local da acomodação.
Boa reportagem , sugiro uma reportagem sobre como funciona este sistema em países de clima mais frio com por exemplo na Europa durante o Inverno , os aeroportos de lá ficam fechados a maior parte do tempo no Inverno ? Como é operar pousos e decolagens durante nevascas ?
Um abraço
Seguindo o raciocínio do Ulysses: seria legal mesmo artigos sobre os ILS I, II e III (a, b e c).
Outra coisa maneira: desmistificar a arremetida, rsrsrs
Eu tive um atraso de 3 horas no rio ninguém se manifestou e em guatulhos mais 4 horas e não me ofereceu nem água qnto mais acomodações