A companhia aérea Belavia divulgou um comunicado nesta sexta-feira (3) em que alega operar com apenas 15 dos seus 29 aviões por conta das sanções impostas pelo Ocidente por conta da suposta participação em ações para desestabilizar países da Europa ao transportar imigrantes ilegais.
A mais recente medida partiu da União Europeia, que proibiu nesta quinta-feira que empresas aluguem aeronaves para a Belavia. Atualmente, a companhia aérea estatal da Bielorrússia possui uma frota com 14 jatos Boeing 737 e 15 Embraer E-Jets.
Não se sabe ao certo quais desses aviões estão operacionais, mas ao menos três estão afastados do serviço, os novos E195-E2, que foram alugados pela AerCap e estão armazenados no Cazaquistão desde outubro.
Há também alguns E175 estacionados em Baku, capital do Azerbaijão, segundo dados do Planespotters.
“A introdução de novas restrições causa cada vez mais ansiedade entre as pessoas e questões relacionadas com o futuro trabalho da Belávia. Hoje, a companhia aérea opera em um ambiente difícil, com quase 2.000 funcionários trabalhando duro todos os dias para reduzir a ansiedade e transportar seus passageiros com segurança para outros países”, afirmou a Belavia.
A companhia aérea pretende agora adquirir aeronaves e fechar contratos de leasing com empresas de países de fora da União Europeia. No entanto, os principais grupos de leasing têm sede em países como a Irlanda e os EUA, que também condena o governo da Bielorússia.
A crise com o país, antigo satélite da União Soviética, teve início quando a força aérea da Bielorússia interceptou um voo da Ryanair que levava um jornalista crítico ao governo.
Recentemente, o atrito com a Polônia por conta de refugiados que tentam entrar por sua fronteira com a Bielorússia aumentou a tensão na região.