A Amaszonas, companhia aérea boliviana, pode perder seus quatro únicos aviões nesta semana caso não encontre uma solução para a dívida qua tem com a GY Aviation Lease 1816 Co. Limited (parte do grupo CDB).
A GY arrendou quatro jatos Embraer E190 para a transportadora, mas pediu à Direcção-Geral da Aeronáutica Civil (DGAC) que cancelasse os registro das aeronaves por conta do não pagamento das parcelas de leasing pela Amaszonas.
A companhia aérea, controlada pela Nella Linhas Aéreas, tenta impedir o cancelamento do registro dos jatos enquanto discute o valor da dívida. Segundo a GY seriam US$ 17 milhões, já a Amaszonas considera um valor de US$ 11 milhões.
O DGAC havia dado 10 dias para que a empresa aérea resolvesse a questão, mas reduziu o prazo para cinco dias – até o dia 9 de agosto -, quando poderá impedir a Amaszonas de operar com os E190.
Dos quatro aviões, apenas dois estão em serviço, com as matrículas CP-3135 e CP-3171. Um terceiro jato está parado há vários meses enquanto o E190 de registro CP-3145 voou para a sede da Embraer em 14 de junho para manutenção.
Fundo de investimento dos EUA
A Amaszonas foi fundada em 1998 e tem sede em Santa Cruz de La Sierra. Os voos comerciais tiveram início em 2000 apenas com operações fretadas em pequenos turboélices.
Em 2012, com a falência da AeroSur, a Amaszonas assumiu cinco jatos CRJ200 que deram início aos voos regulares.
A empresa aérea passou por uma crise financeira que a fez perder o Certificado de Operador Aéreo (OAC), mas em 2021 a Nella Linhas Aéreas, do empresário Mauricio Sousa, adquiriu a totalidade de seu capital.
O plano era que a Amaszonas receberia jatos Boeing 737 e expandisse sua operação, mas a malha manteve-se restrita nos meses seguintes.
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Segundo o jornal El Deber, a companhia aérea deve receber um aporte de investidores dos EUA.
A Autoridad de Telecomunicaciones y Transportes (ATT), por sua vez, notificou a Amaszonas a somente vender passagens aéreas com três dias de antecedência, temendo por uma possível suspensão dos voos.