Companhia aérea boliviana Amaszonas teve certificado operacional suspenso

Companhia aérea deixou de voar em agosto após a Dirección General de Aeronáutica Civil impedi-la de operar com os jatos Embraer E190 por atraso no pagamento do leasing
E190 da Amaszonas

A companhia aérea boliviana Amaszonas teve seu Certificado de Operador Aéreo suspenso em 18 de novembro, informou a DGAC, autoridade de aviação do país.

A razão é a ausência de uma aeronave disponível para suas operações. Segundo a DGAC, a Amaszonas continua a ter seus certificados, porém, eles perdem efeito até que a empresa comprove condições de manter uma malha aérea ativa.

A suspensão é mais um capítulo na conturbada carreira da companhia aérea, que quase faliu em 2020 mas foi salva no ano seguinte pela grupo Nella, comandado pelo empresário brasileiro Mauricio de Souza.

Em julho, no entanto, a empresa de leasing GY Aviation requereu a suspensão dos registros de quatro Embraer E190 alugados para a Amaszonas, por falta de pagamento.

Dois jatos já estavam foram de serviço na época e, após um prazo dado pelo governo para que a situação fosse resolvida, a DGAC anunciou a suspensão das matrículas dos E190, deixando a Amaszonas sem nenhuma aeronave em condições de voo a partir de agosto.

Companhia aérea boliviana chegou a voar para algumas cidades brasileiras (Amaszonas)

A despeito de ações na Justiça para tentar reaver os aviões, a Amaszonas acabou sendo vendida pela Nella a um empresário local, que prometeu resolver os imbróglios com a GY Aviation.

“Inicialmente, a companhia aérea deverá analisar e observar o descumprimento da regulamentação vigente, RAB 119, em que é gerado o Certificado de Operador Aéreo. Uma das principais limitações observadas é que a companhia não possui disponibilidade de aeronave, o que seria limitante ao reinício das suas operações”, afirmou José García, diretor executivo da DGAC.

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García afirmou ainda que a agência “fará todas as comunicações pertinentes para aguardar o plano de ações corretivas, no qual a empresa proporá como retomará suas operações no prazo que considerar adequado”.

Desde a determinação do DGAC que proibiu as aeronaves de operarem, três dos quatro E190 estão parados nos aeroportos de Santa Cruz e La Paz. O quarto jato da Embraer estava em sua sede no Brasil desde o primeiro semestre.

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