Companhia aérea colombiana Satena vai expandir frota e quer voar para o Brasil

Criada em 1962 como uma divisão da Força Aérea Colombiana, empresa estatal é vista pelo atual governo como futura companhia aérea de bandeira do país.
ATR 42 da Satena (Arno Vesterholm)

A Satena (Servicio Aéreo de los Territorios Nacionales) foi criada em 1962 como uma divisão da Força Aérea Colombiana com a missão de oferecer ligações aéreas em regiões do país não atendidas por companhias aéreas.

Desde então, tem sido esse o perfil operacional da transportadora estatal, mas essa situação pode mudar com a posse do presidente esquerdista Gustavo Petro no ano passado.

Segundo a imprensa local, o novo líder colombiano tem dito que a Satena deverá se transformar na companhia aérea de bandeira do país, a despeito da existência da Avianca, uma das maiores e mais tradicionais transportadoras da América do Sul.

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Por enquanto, o projeto ainda está longe de se tornar realidade, mas a Satena já faz planos de expandir sua malha de voos e incluir mais destinos internacionais.

A Satena tem três ERJ 145 (Satena)

Em fevereiro, a empresa aérea iniciou a operação de um voo entre Bogotá e Caracas, capital da Venezuela, país com quem mantinha relações tensas até o governo anterior, de direita.

Recentemente, o CEO da companhia aérea, General Oscar Zuluaga, anunciou um plano de investimentos de US$ 80 milhões para expandir e modernizar sua frota, segundo a Reuters.

Ex-operadora do Embraer E170

Atualmente, a Satena possui 13 aeronaves, sendo oito turboélices ATR 42 e dois ATR 72, além de três jatos Embraer ERJ 145.

Turboélice chinês Y-12 (Harold2030)

Entre os aviões pretendidos estão oito bimotores para até 19 passageiros, necessários para cobrir rotas para aeroportos menores, onde não há infraestrutura para aviões de maior capacidade.

Além disso, a Satena irá adquirir aeronaves com 48 assentos, mas não detalhou se serão jatos ou turboélices.

Zuluaga também expressou a intenção de estabelecer mais rotas internacionais para países como Equador, Peru e o Brasil, mas sem citar destinos.

A Satena operou com dois E170 da Embraer (Juan Cardona)

Os planos de expansão ocorrem em meio a um prejuízo de mais de 500 mil dólares em 2022 e também o fechamento de companhias aéreas de baixo custo no país como a Viva Air e a Ultra Air.

A Satena já operou uma frota bastante diversa no passado recente, que incluiu o E170, da Embraer, o antigo DC-9, o alemão Dornier 328 e até mesmo o chinês Y-12.

 

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