Companhia aérea da Ucrânia pede ajuda internacional para alugar seus aviões

Impossibilitada de voar por conta do conflito, SkyUp Airlines oferece 15 jatos Boeing 737 de sua frota para aluguel em regime wet-lease
Boeing 737-800 da SkyUp Airlines (N509FZ/Creative Commons)

A companhia aérea ucraniana SkyUp Airlines fez um apelo para continuar sobrevivendo enquanto tropas da Rússia avançam pelo território da Ucrânia. A empresa anunciou nesta semana que toda sua frota de aeronaves foi disponibilizada para aluguel.

Em comunicado, a SkyUp diz que seus aviões podem ser operados por companhias aéreas de outros países em regime de wet-lease. Essa modalidade consiste no aluguel temporário de aeronaves incluindo tripulantes certificados, manutenção e apólices de seguros.

A empresa ucraniana possui 15 jatos Boeing 737 NG com idade média de 12 anos, sendo dois modelos 737-700, nove 737-800 e dois 737-900ER.

“Ao usar nossa aeronave, você nos ajudará a continuar nossas atividades operacionais durante a guerra e pagar impostos ao tesouro do estado, manter 1.300 funcionários e apoiar os ucranianos afetados pelo conflito, pois enviaremos cada décimo de dólar ou euro para ajudar as vítimas da guerra”, diz a nota oficial da companhia aérea ucraniana.

Tripulantes da SkyUp Airlines

A única restrição imposta pela SkyUp para alugar seus aviões e que os operadores não podem voar para destinos na Rússia e Belarus, país que estaria colaborando com a invasão à Ucrânia.

“A melhor coisa que pode ser feita por aqueles que defendem nossa pátria sem armas é continuar trabalhando duro. A tarefa de maior prioridade para as empresas ucranianas é continuar as operações, porque é exatamente disso que a Ucrânia precisa agora para garantir a estabilidade econômica, criar recursos adicionais para nossas forças armadas e apoiar os civis afetados pelos combates”, acrescentou a empresa.

Fundada em 2016 e atuando no mercado desde 2018, a SkyUp Airlines opera voos domésticos e internacionais de baixo custo e também oferece serviços de charter. As atividades da empresa estão suspensas desde 24 de fevereiro, quando o espaço aéreo ucraniano foi fechado para o tráfego civil.

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