A crise financeira da Gol Linhas Aéreas tem atraído um movimento curioso no mercado brasileiro, a busca por pilotos experientes de jatos Boeing 737.
Após anunciar sua adesão à recuperação judicial nos EUA, o chamado Capítulo 11, a Gol tem tentado renegociar suas dívidas, sobretudo com arrendadores da maior parte da sua frota.
Os riscos envolvidos no processo, no entanto, colocam os funcionários em estado de suspense e esse clima parece contribuir para que outras empresas aéreas venham tentar atrair esses profissionais.
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A LATAM, por exemplo, lançou um apelo às empresas de leasing em busca de jatos Airbus A320, mas também Boeing 737 como os operados pela Gol. Como seus pilotos voam aviões da fabricante europeia seria natural esperar que um possível aluguel de 737 motivasse a contratação de tripulantes de Boeing.
Quem foi mais objetiva nesse sentido foi a Arajet, uma nova companhia aérea da República Dominicana, que promoveu um encontro no Brasil a fim de conseguir candidatos a pilotos de seus 737 MAX e também mecânicos – ou seja, pessoal da Gol.
Nesta terça-feira, 26, a Flybondi anunciou uma proposta parecida. A companhia aérea de baixo custo argentina abriu uma convocatória para contratar pilotos estrangeiros. O perfil? Comandantes com mais de 5 mil horas totais de voo e experiência em aeronaves acima de 28 toneladas.
Vale lembrar que a Flybondi opera 15 Boeing 737-800, justamente a principal aeronave da companhia aérea brasileira.
“Essa busca é atrativa para aqueles perfis que desejam voar no mercado argentino, em uma empresa diferenciada e em constante desenvolvimento”, disse Eduardo Gáspari, Diretor de Operações da Flybondi.
A empresa, no entanto, não revelou quantas vagas em aberto possui.
A Flybondi voa para 18 destinos na Argentina e três cidades no Brasil: Rio de Janeiro, Florianópolis e São Paulo.