Não é todo dia que uma empresa celebra o contrato de compra de aeronaves comerciais, mas cujo destino é o desmonte. É o que fez a Executive Jet Support (EJS), uma empresa de serviços sediada em Chippenham, no Reino Unido.
A EJS acaba de adquirir dois Embraer E190 que pertenciam à Nordic Aviation Capital (NAC), uma das principais empresas de leasing do mercado.
Mas em vez de usá-los em voo, a companhia britânica irá desmontá-los na Polônia a fim de vender suas peças para operadores do modelo E-Jet de primeira geração.
“Esta será a primeira aeronave E190 da Executive Jet Support e aumentará muito nossa posição no mercado como um player significativo no fornecimento de peças sobressalentes para o mercado regional e comercial”, celebrou a EJS.
A prática não é estranha já que muitas aeronaves acabam atingindo limites de ciclo de voo de suas estruturas. Porém, muitos de seus componentes permanecem seguros para serem usados em outros jatos.
A família de jatos regionais da Embraer é bastante numerosa e está chegando a um estágio em que boa parte das aeronaves acaba tendo destinos variados que não o transporte de passageiros.
Uma das novas possibilidades é o programa de conversão P2F, lançado pela fabricante brasileira no começo do ano, e que transforma os modelos E190 e E195 em cargueiros. A própria NAC é uma das clientes e irá converter 10 de seus E190 e E195.
Trata-se de um dos principais destinos para antigos E-Jets já que o mercado de cargas expressas carece de uma aeronave com uma capacidade maior que a de turboélices, mas não tão grande quanto os Boeng 737 e Airbus A320 convertidos.
Prática normal conhecida como “canibalismo”