A “eletrificação” também está chegando no ramo dos hidroaviões. A canadense Harbour Air, maior companhia aérea desse segmento na América do Norte, anunciou um plano para converter aviões de sua frota para voar com motores elétricos. O projeto da empresa é uma parceria com a magnitX, fabricante de motores elétricos com sedes nos Estados Unidos e Austrália.
O primeiro avião na lista da companhia para mudar de motor é um veterano, o monomotor DHC-2 Beaver, da extinta de Havilland Canada. A aeronave será equipada com o propulsor elétrico “magni500” de 750 hp, mais potente que o usado no Beaver original, um motor radial de 450 hp. Os testes de voo com o modelo convertido, que os projetistas chamam de “ePlane”, devem ser realizados até o final deste ano, informou a Harbour Air.
“Através do nosso compromisso de causar um impacto positivo na vida das pessoas, nas comunidades onde operamos e no meio ambiente, estamos mais uma vez forçando os limites da aviação, tornando-nos a primeira aeronave a ser alimentada por propulsão elétrica. Estamos animados em trazer a aviação elétrica comercial para o noroeste do Pacífico, transformando nossos hidroaviões em ePlanes”, disse Greg McDougall, fundados e CEO da Harbour Air.
A empresa ainda não deu mais detalhes sobre o desempenho geral esperado para a aeronave. O Beaver com motor a pistão pode voar a velocidade de cruzeiro de 230 km/h e tem alcance de 730 km. Os Beaver com flutuadores da Harbour Air (10 modelos em serviço) transportam seis passageiros em rotas de Vancouver até Seattle, os “hubs aquáticos” da companhia.
Roei Ganzarski, CEO da magniX, aposta que o segmento onde a Harbour Air opera, com voos de 1.600 km ou menos, é ideal para a aplicação de aeronaves com motores elétricos. “Vemos um tremendo potencial para a aviação elétrica transformar essa faixa de “milha média” de tráfego intenso.”
A preservação do meio ambiente é uma tema antigo para Harbour Air. A empresa movimenta mais de 500 mil passageiros em 30 mil voos comerciais por ano e serve basicamente ao ecoturismo, operando em destinos paradisíacos em regiões isoladas da América do Norte, onde os aeroportos ficam em rios, lagos ou no mar. Para mostrar sua preocupação com a causa (e seu sustento) a empresa foi a primeira da América do Norte a “anular” suas emissões poluentes, através da compra de compensações de carbono.
Além do DHC-2 com flutuadores, a Harbour Air também tem em sua frota os hidroaviões e aviões anfíbios Cessna 208, DHC-6 Twin Otter e o DHC-3 Turbo Otter, o principal avião da empresa com 23 unidades em operação.
Veja mais: Mãe e filha comandam voo comercial nos EUA
Andei num desses (de uma companhia concorrente, mas no mesmo local), de Vancouver para Victoria, ali perto. MUITO LEGAL, experiência divertida de turismo. Se forem um dia a Vancouver, façam esse passeio. Dá facil facil pra ir e voltar no mesmo dia, se quiser.