O empresário irlandês Declan Ryan não poderia ter sido mais direto em sua resposta ao fato de não planejar investir no Brasil: “Iniciamos negociações em todos os países da região menos no Brasil, onde há muita corrupção”, disse ao jornal argentino La Nacion. Ryan é co-fundador da Ryanair, uma das mais agressivas companhias aéreas de baixo custo do mundo.
O empresário esteve nos últimos dias na Argentina onde anunciou que sua empresa voará a partir de 2017. Para isso, deve adquirir a companhia local Andes. Hoje o grupo atua em dois outros países do continente com a empresa Viva, o México e a Colômbia. A ideia é que essa marca se espalhe por outros mercados da região.
A Ryanair, ao contrário de outras iniciativas supostamente de baixo custo, tem como meta oferecer tarifas de cerca de 50 dólares (cerca de R$ 170). Ryan aponta como fato crucial para esse tipo de negócio funcionar, as taxas aeroportuárias. Segundo ele, é preciso existir concorrência, algo que mesmo na Argentina não encontrará – nada menos que 35 dos 38 principais aeroportos do país são operados pela mesma empresa.
Mas, afinal, por que razão investir numa região conhecida pelo excesso de burocracia, taxas e a já reconhecida por ele corrupção? O executivo responde com estatística: apenas 2,5% da população colombiana viajava de avião antes da chegada da Viva e agora esse percentual é de 10%. Ele citou um exemplo europeu, a Espanha, onde existem cinco empresas aéreas de baixo custo e quase 80% dos espanhóis utilizam o transporte aéreo.
Viagens de avião em pé
Embora tenha justificado seu desinteresse no Brasil por uma razão verídica, Declan Ryan pode ter optado em fazer um jogo de cena afinal o mercado brasileiro de aviação é um dos maiores do mundo. Em que pese as dificuldades em se fazer negócio aqui, como o alto custo do combustível de aviação ou as taxas aeroportuárias pesadas, é difícil crer que a empresa irlandesa irá ignorar o país por muito tempo caso tenha sucesso em nossos vizinhos.
Fato é que um “colega” seu, com uma visão semelhante do transporte aéreo, teve sucesso em sua empreitada brasileira. O empresário americano David Neeleman, criador da JetBlue, companhia de baixo custo americana, fundou a Azul Linhas Aéreas em 2008 e a transformou na companhia nacional com o perfil mais próximo de uma “low-cost”.
Ousadia não falta a Ryanair que, entre suas ideias mirabolantes, chegou a propor a ideia de voos com passageiros em pé para poder acomodar mais pessoas a bordo e baixar o custo das passagens. Pensando bem, se essa for a estratégia da empresa para nossa região que ele fique apenas na vizinhança.
Veja também: Empresa quer levar passageiros em pé em voos
Só lembrando que na verdade David Neelaman é brasileiro, apesar de sua família ser americana, senão pelas leis brasileiras não poderia ter uma companhia aérea.
Nao podia Joaquim…se o Senado aprovar , qualquer um poderá ser dono de uma empresa aérea…
Desculpe, mas só quem voou Ryanair sabe o quão lixo é essa empresa. E Tam, Gol e Avianca já vendem passagens a R$170 há muito tempo.
Ryanair atrasa muito, utiliza aeroportos péssimos, a falta de lugar marcado faz do portão de embarque um verdadeiro MMA, os comissários são estranhos, os aviões apertadíssimos, cobram bagagem. Pra termos mais uma low cost a preço de high cost com serviço zero estrelas é preferível que nem apareça.
Agora pode, inclusive Delta, United e Lan virão com tudo.
Não vai fazer falta nenhuma, muito pelo contrário. Só existem críticas negativas a esta tal de Ryanair, que só falta querer cobrar por você respirar dentro do avião. Tratam o passageiro como se fosse carga.
Papo furado de empresário. Hoje fala mal, amanhã está lambendo….Empresário vai onde tem vantagens financeiras… Até eu posso falar$$$$$$