A fabricante franco-italiana ATR anunciou nesta semana no Singapore Air Show um pedido de três turboélices ATR 42-600S da PNG Air, de Papua-Nova Guiné. Junto da encomenda, a empresa do grupo Airbus também confirmou que a companhia da Oceania será o primeiro cliente da aeronave comercial projetada para operar em pistas com apenas 800 metros de comprimento.
Essas três novas aeronaves vão iniciar a substituição da atual frota de antigos turboélices STOL (sigla em inglês para “Pouso e Decolagem Curtos”) da PNG, composta por oito modelos Bombardier Dash 8-100. A empresa também opera outros sete ATR 72-600.
Comentando o acordo, Paul Abbot, CEO da PNG Air, disse: “Desde a incorporação do ATR 72-600 em nossa frota, a PNG Air ficou cada vez mais forte, se beneficiando de sua eficiência incomparável, pois queima 40% menos combustível e emite 40% menos CO2 que um jato regional de tamanho semelhante”.
“A decisão de substituir a frota STOL atual pelo nosso ATR 42-600S representa uma aquisição inteligente e é um exemplo perfeito do motivo pelo qual essa aeronave é uma solução tão importante para o mercado de aviação regional. Pessoas e empresas em todo o mundo dependem da conectividade que as aeronaves ATR fornecem. Sem uma substituição viável dos STOL, os passageiros da PNG Air enfrentariam desafios significativos ao seu modo de vida”, ressaltou o CEO da ATR, Stefano Bortoli.
Avião para atender “mini-aeroportos”
A ATR aposta alto em seu novo produto e acredita que o modelo para pistas curtas pode expandir seus negócios em cerca de 25%. A fabricante franco-italiana afirma que hoje existem aproximadamente 500 aeroportos em todo o mundo com pistas entre 800 metros e 1.000 m que podem receber o ATR 42-600S.
Um avião com essa capacidade abre novas possibilidades na aviação regional. No Brasil, o ATR 42-600S poderia operar com folga nos aeroportos do Guarujá, Ubatuba ou Angra dos Reis, citando apenas alguns exemplos entre muitos. A fabricante estima que a aviação mundial vai exigir cerca de 800 aeronaves com as características do novo turboélice STOL nos próximos 30 anos.
Comparado a um ATR 42 padrão, o 42-600S terá um leme maior para obter melhor controle da aeronave em velocidades mais baixas. O avião também será equipado com spoilers para melhorar a eficiência de frenagem no pouso e virá com um sistema de freio automático, para garantir que a potência total de frenagem ocorra imediatamente após o pouso.
A capacidade de passageiros do ATR 42-600S será limitada em 42 ocupantes, enquanto o ATR 42-600 comporta até 50, mas exige pistas com mais de 1.000 metros de extensão para operar.
Mesmo ainda distante de ser produzido em série, testado e certificado por órgãos reguladores, o novo avião da ATR soma mais de 20 encomendas de companhias aéreas e arrendadores. A entrada em serviço da aeronave está programada para 2022.
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É um nicho de mercado que a Embraer deve analisar e verificar a possibilidade de produzir aviões turboélices novamente no Brasil.
ESTE MUNDO DA AVIAÇÃO..É UMA ÁREA RESTRITA AO EXTREMO…PRECISA DE PESSOAS SONHADORA É COM O ESPIRITO DE AVIACAO E SEJAM AVIADORES. NAO É O CASO DA ANAC.