Em um momento duro para o Airbus A380, que corre o risco de ter sua produção encerrada, a companhia Hi Fly, de Portugal, recebeu dois prêmios da revista britânica Global Transport Finance por sua campanha de reintrodução do maior avião de passageiros do mundo no mercado. As premiações recebidas pela empresa foram o “The Daedalus Award, for Returning the A380 to the Skies” (Prêmio Dédalo, pelo retorno do A380 aos Céus) e o “The Aircraft Remarketing Deal of the Year Award” (Prêmio Campanha do Ano pela Reintrodução de Avião, em tradução livre).
A empresa portuguesa opera com um A380 desde julho de 2018 em regime de “wet-lease”, uma espécie de aluguel temporário com tudo incluso (avião, tripulantes, manutenção, seguro, entre outros) para outras companhias aéreas, que pagam somente pelo tempo de utilização da aeronave e ficam responsáveis pela venda das passagens.
A Hi Fly tornou-se o quarto operador europeu do A380 (os outros são a Air France, British Airways e Lufthansa) e o 14° no mundo, além de ser a única empresa do mundo que utiliza o quadrimotor da Airbus dentro de seu modelo de negócio. A aeronave operada pela empresa lusitana tem pouco mais de 10 anos de uso e antes voava com as cores da companhia Singapore Airlines.
Desde sua reintrodução do mercado, o A380 da Hi Fly tem voado pelo mundo com uma pintura especial que apoia a campanha “Salve os recifes de Coral”, da Fundação Mirpuri. A gigante da empresa portuguesa também vem operando por aeroportos nunca antes visitados pelo modelo da Airbus.
Uma das rotas de maior destaque na qual o A380 da Hi Fly foi o trecho entre Londres e Nova York, o voo de longo curso mais movimentado do mundo. Em serviço há 11 anos, o superjumbo da Airbus nunca havia realizado este percurso.
Uma das companhias aérea que já alugou o A380 da Hi Fly foi a Norwegian Air.
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Com uma estratégia de operação o gigante ainda pode voar por algumas rotas.