A Mahan Air, segunda maior companhia aérea do Irã, surpreendeu o mundo da aviação comercial ao anunciar nessa segunda-feira (8) o início imediato de voos diários entre Teerã e Caracas, capital da Venezuela. Recentemente, a empresa iraniana foi proibida de sobrevoar os espaços aéreos da Alemanha e França, que acusaram Mahan de transportar armas e equipamentos militares para zonas de guerra no Oriente Médio.
O anúncio da rota foi feito em conjunto entre a companhia aérea e a Organização de Aviação Civil do Irã ao mesmo tempo em que o primeiro avião já voava na direção de Caracas com uma delegação do governo iraniano a bordo, incluindo militares. Devido às polêmicas na qual esteve envolvida nos últimos anos, a Mahan Air ganhou os apelidos “Aeroterror” e “Terror Express”.
Por meio de sua conta no Twitter, o senador norte-americano Marco Rubio classificou o lançamento do novo voo como uma ameaça aos Estados Unidos. “A menos que o Irã se torne uma grande fonte de turistas internacionais, está é mais uma razão pela qual o regime de Maduro é uma ameaça à segurança nacional dos EUA”, escreveu o político na rede social.
O voo da Mahan Air entre a capital do Irã e Caracas é realizado com o jato Airbus A340-600 configurado com 308 assentos em duas classes. O tempo de voo é de aproximadamente 16 horas. Apesar do anúncio e imediata execução do trecho, a companhia aérea iraniana ainda não vende passagens para a Venezuela em seus canais oficiais.
Essa é a segunda vez que a Mahan Air anuncia operações regulares na Venezuela. A empresa já havia operado no país sul-americano entre 2007 e 2010 com jatos A340-200. O trecho contava com paradas técnicas em Damasco, na Síria. Segundo relatos de autoridades dos EUA e documentos vazados membros do alto escalão do regime venezuelano, a rota foi usada para transportar dinheiro, armas e militares de forma ilícita.
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