Companhia aérea para fumantes
Hoje em dia é até difícil imaginar que no passado era permitido fumar cigarros em voos comerciais. As cabines dos aviões tinham até avisos de “proibido fumar”, acionados durante a decolagem e a fase de pouso. Exceto nesses momentos, os passageiros viajavam em meio a uma nuvem de fumaça na cabine, mesmo que alguns assentos fossem separados para não fumantes.
O hábito de fumar a bordo de aviões comerciais foi banido pela agência de aviação civil dos EUA (FAA) em 1990, tanto por questões de segurança como também uma medida de conforto.
Os empresários norte-americanos William Walts and George “Mickey” Richardson enxergaram a proibição da FAA como uma nova oportunidade de negócio e tentaram criar uma companhia aérea que permitiria aos clientes fumarem seus cigarros durante os voos.
A dupla chamou o empreendimento de Smokers Express e conseguiu comprar três jatos McDonnell Douglas DC-9. Eles ainda tinham a intenção de alugar mais 27 DC-9 adicionais. As aeronaves seriam reformadas com um sistema de recirculação de ar mais potente e tapetes especiais capazes de retardar chamas.
Como as restrições da FAA proíbem fumar em voos dentro dos EUA, a Smokers Express foi criada para ser uma companhia aérea baseada em associações. Os clientes seriam obrigados a aderir e pagar uma taxa anual de US$ 25, e apenas pessoas com 21 anos ou mais teriam permissão para embarcar nos voos. A empresa oferecia voos entre 11 destinos nos EUA, incluindo Las Vegas.
O primeiro voo Smokers Express estava marcado para 16 de agosto de 1993, mas a empresa não conseguiu vender nenhum bilhete e fechou as portas no mesmo ano.
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