O jato supersônico Concorde desativado que fica à mostra no Intrepid Museum, instalado num porta-aviões na margem do Rio Hudson em Nova York, nos Estados Unidos, fez um “passeio” de balsa ontem (9). A aeronave foi temporariamente removida de seu local de exibição para ser restaurada no estaleiro Brooklyn Navy Yard, no sul da ilha de Manhattan, informou o website oficial do museu.
Segundo a instituição, o avião será completamente repintado. A aeronave é exposta no museu com as cores de seu último (e único) operador, a companhia aérea British Airways. A restauração Concorde está programada para ser finalizada até o fim deste ano, preparando o modelo para voltar à exposição ao publico no segundo trimestre de 2024.
O Concorde pertencente ao Intrepid Museum, que voava com a matrícula G-BOAD, foi o quarto modelo do tipo produzido pela Aérospatiale (atual Airbus) e a BAC (atual BAE Systems). O modelo chegou ao museu em 2003, dias depois de realizar seu último voo entre o aeroporto de Heathrow, em Londres, e o JFK, em Nova York.
Witness #Concorde return to the skies as it readies for its journey to undergo restoration at Brooklyn Navy Yard until spring 2024! #IntrepidMuseum pic.twitter.com/DS01fSq8es
— Intrepid Sea, Air & Space Museum (@IntrepidMuseum) August 9, 2023
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O curador do Intrepid Museum, Eric Boeme, relatou em entrevista ao The New York Times que a restauração no Concorde é necessária para manter o avião bonito e protegê-lo das intempéries climáticas de Nova York.
“Nova York é absolutamente o pior ambiente para expor um avião. Temos água salgada, temos clima severo e ventos fortes que agitam o rio mesmo quando não é um furacão. O avião precisa de TLC [de Tender Love Care, algo como “Cuidados Amorosos” em tradução livre] constantemente. Tem que ter uma repintura completa não apenas para torná-lo bonito, mas para protegê-lo estruturalmente”, disse Boeme.
“O Intrepid não é o lugar para descascar, lixar e recobrir. Você não pode pintá-lo quando está sobre o rio Hudson. Temos que levá-lo para algum lugar onde haja uma tenda gigante”, acrescentou o curador do museu, comentando sobre a necessidade de deslocar o Concorde para outro local.