Até junho de 2016, o fim do aperto e do desconforto. É a promessa da GRU Airport assim que concluir o retrofit dos terminais 1 e 2 do aeroporto de Guarulhos, o maior do país. A reforma começará dentro de algumas semanas e será feita sem que os dois terminais sejam fechados – apenas áreas isoladas.
O projeto é que os dois terminais antigos – o primeiro com 30 anos e o segundo com 23 anos – cheguem num padrão próximo ao do T3, inaugurado no 1º semestre. A GRU, no entanto, diz não crer que chegarão ao mesmo patamar “afinal são projetos antigos”, mas espera que os passageiros desfrutem de uma sensação parecida com a passada pelo novo terminal internacional.
Com investimento de US$ 200 milhões, o retrofit vai mudar a forma como os passageiros utilizam o aeroporto. Um exemplo é o acesso ao embarque, hoje feito por quatro entradas (duas internacionais e duas nacionais). Com a mudança, haverá apenas um acesso e num lugar novo, no prédio administrativo onde hoje existem algumas lojas e uma capela. Isso evitará confusão e aumentará a área de atendimento.
De lá, o passageiro irá para os dois píers, mas não sem passar por uma nova ‘GRU Avenue’, localizada onde hoje ficam esteiras de conexão entre os terminais e escritórios da companhia. Talvez aí esteja a maior sacada do projeto: reaproveitar áreas com baixo uso e melhorar a produtividade dos prédios.
Praça de alimentação
Nesse processo, o desembarque também ganhará espaço e esteiras mais modernas, além de um visual mais leve por todo o aeroporto. A tendência é que a experiência seja mais confortável para o usuário, hoje um dos pontos mais fracos do terminal.
As área de alimentação, hoje dispersas e geralmente no piso de embarque e desembarque, serão concentradas numa nova praça de alimentação no mezanino, liberando espaço para o chamado ‘airside’, onde só entram passageiros.
A concessionária também confirmou a construção de um ‘peoplemover’, monotrilho que ligará os quatro terminais e a linha de trem da CPTM, hoje em construção. Mas não deu detalhes dessa implantação nem se haverá mudanças na parte viária, que são bem complicadas e feitas num mesmo nível no desembarque.
Quanto ao terminal 4, ele continua aparantemente nos planos, mas sem reforma. No entanto, imagina-se que, após as reformas, o ‘puxadão’ perca sentido num aeroporto bem mais moderno e funcional. A capacidade de Guarulhos, ao final do retrofit, pulará de 42 milhões de passageiros para 49 milhões de passageiros por ano.
Isso é só um leve tapa na cara daqueles que são contra as privatizações.
Depois dela, esse aeroporto que era um lixo está virando algo decente de verdade.
Com o dinheiro na taxa embarque recolhidos pela INFRAERO já poderiam ter feito isso antes.