A Finlândia irá substituir seus caças F/A-18C/D pelo Lockheed Martin F-35A Bloco 4, anunciou o governo nesta sexta-feira (10). O acordo engloba 64 caças, além de mísseis AMRAAM e Sidewinder, num pacote que atinge a cifra de 8,4 bilhões de euros (cerca de R$ 53 bilhões).
Também estão inclusos serviços de manutenção até 2030 e que respondem 2,9 bilhões de euros do pacote. Os caças F-35A custarão 4,7 bilhões de euros, ou 73,4 milhões de euros (R$ 466 milhões) por aeronave.
A vitória do F-35A, único participante de 5ª geração na competição HX, já era esperada após fontes internas do governo finlandês indicarem o caça da Lockheed Martin como o mais atraente comparado aos concorrentes Saab Gripen, Dassault Rafale, Eurofighter Typhoon e Boeing F/A-18E/F, todos de geração anterior.
É a segunda concorrência que o F-35A vence na Europa em 2021. Em julho, a Suíça selecionou o avião dos EUA para substituir os F/A-18 atualmente em operação.
O caça também opera nas vizinhas Noruega e Dinamarca, além de outras sete nações.
Os primeiros F-35A finlandeses serão entregues a partir de 2025, mas passarão por um período de testes de um ano nos EUA, só chegando ao país em 2026. Os caças F/A-18 serão retirados de serviço gradativamente entre 2028 e 2030.
“Na avaliação das ofertas dos concorrentes, o F-35 atendeu aos requisitos de segurança de abastecimento, participação industrial e acessibilidade. Na avaliação da capacidade militar, o sistema completo do F-35 foi o melhor. As capacidades de combate, reconhecimento e sobrevivência dos F-35 eram as mais adequadas aos candidatos do HX,” afirmou o governo.
Ainda que conte com o forte lobby do governo norte-americano, é inegável que o F-35 seja a mais equilibrada de todas as aeronaves de combate do Ocidente. É uma pena que tenha sido mais uma derrota do Gripen que, mesmo sendo um caça excelente e ainda de baixos custos operacionais e de aquisição, como máquina, não é páreo para o F-35. E logo em breve o Canadá também anunciará a sua escolha e será impossível o F-35 perder essa disputa, a não ser que haja alguma reviravolta e o F-15 EX entre na disputa. Infelizmente, o Gripen também não tem chance. A Saab e o governo sueco precisam mudar a maneira de atuar nessas disputas.