A Malaysia Airlines confirmou nesta segunda-feira (15) que escolheu o A300-900neo para substituir seus A330ceo na frota de longo alcance. A opção pelo widebody da Airbus já era esperada, mas a transportadora malaia decidiu arrendar as aeronaves em vez de adquiri-las.
O grupo Avolon fará o leasing de 10 A330-900neo de sua carteira de pedidos junto à Airbus enquanto a Malaysia Airlines fechará uma encomenda de outros 10 aviões, mas que serão vendidos para a empresa irlandesa e alugados de volta.
Segundo a Avolon, o primeiro A330neo, equipado como motores Trent da Rolls-Royce, será entregue em 2024. Com o acordo, a empresa de leasing tem apenas outros dois A330-900neo em sua carteira de pedidos que ainda não possuem clientes.
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A aquisição dos 10 A330-900neo com a Airbus ainda será confirmada em breve já que as empresas assinaram inicialmente um Memorando de Entendimento (MOU).
“A Malaysia Airlines é uma das grandes companhias aéreas asiáticas e estamos orgulhosos e honrados de ser seu fornecedor preferencial de aeronaves widebody. A decisão é um claro endosso do A330neo como a opção mais eficiente nesta categoria”, disse Christian Scherer, da Airbus.
“A aquisição do A330neo é uma transição natural da nossa atual frota de A330ceo. O A330neo não apenas proporcionará modernização da frota e maior eficiência operacional, mas também atenderá às metas ambientais por meio da redução do consumo de combustível por assento, mantendo a segurança e o conforto dos passageiros em sua essência”, disse o CEO da MAG, Izham Ismail.
Ex-grande cliente da Boeing
Maior companhia aérea da Malásia, a Malaysia Airlines é controlada pelo governo do país. A empresa foi uma grande cliente da Boeing, tendo operado uma extensa frota de jatos 747 e 777, mas hoje só possui o 737-800 como sua única aeronave de corredor único. Além do A330, a Malaysia possui seis A350 e outros seis A380.
Anos atrás, a empresa ficou marcada por perder dois de seus Boeing 777 em circustâncias incomuns. Em 2014, um dos jatos desapareceu sobre o Oceano Índico e até hoje não foi encontrado. Meses depois outra aeronave semelhante foi derrubada por mísseis lançados por separatistas pró-Rússia enquanto voava sobre a Ucrânia.