“Congonhas” de Buenos Aires, Aeroparque voltará a receber voos internacionais do Brasil

Nova administração da ANAC argentina oficializou reabertura do aeroporto central da capital do país a partir de 11 de maio
Aeroporto Jorge Newbery, em Buenos Aires (ANAC)
Aeroporto Jorge Newbery, em Buenos Aires: voos do Brasil de volta a partir de maio (ANAC)

Proibido de operar voos internacionais pelo governo argentino desde março de 2019, o Aeroporto Jorge Newbery, mais conhecido como Aeroparque, voltará a receber rotas de países como Paraguai, Chile, Bolívia, Peru e o Brasil a partir de 11 de maio.

O anúncio foi feito pela ANAC argentina na segunda-feira, 17, por meio de sua nova diretora da agência de aviação civil, Paola Tamburelli. Atualmente, o aeroporto central, uma espécie de Congonhas ou Santos Dumont de Buenos Aires, só tem permissão para operar voos para o vizinho próximo, Uruguai.

Segundo a ANAC, a medida “busca promover o turismo receptivo ao nosso país, gerando maior conectividade com as províncias”. Ligado à ex-presidente Cristina Kichner, sua atual vice, o presidente Alberto Fernández assumiu o governo argentino no final do ano retomando antigas estratégias abandonadas pelo seu antecessor, Mauricio Macri, que buscou uma abertura maior do mercado argentino.

Macri, no entanto, preferiu concentrar os voos internacionais no distante Aeroporto de Ezeiza, além de abrir a antiga base aérea de Palermo para voos de companhias aéreas low cost.

Ao restringir as operações no Aeroparque, o movimento internacional despencou de um pico de quase 350 mil passageiros em janeiro de 2018 para 19 mil pessoas em junho do ano passado, reflexo também da crise econômica na Argentina.

Localização privilegiada

Embora o aeroporto Jorge Newbery careça de uma infraestrutura adequada (há apenas 10 pontes de embarque e seu pátio comporta cerca de 23 aviões), sua proximidade do centro de Buenos Aires o torna extremamente atraente. São cerca de 6 km de distância do Obelisco, marco zero da cidade – Ezeiza, por sua vez, está a 27 km desse ponto.

A grande questão a partir de agora é saber como a ANAC irá distribuir os disputados slots do aeroporto. Ao contrário da gestão anterior, o governo de Fernández deve prestigiar a estatal Aerolíneas Argentinas, maior companhia aérea do país e que desejava voltar a utilizar o Aeroparque.

O Brasil, sem dúvida nenhuma, é o mercado que mais deve se beneficiar da reabertura do aeroporto. Os voos para São Paulo, por exemplo, chegaram a transportar mais 1,17 milhão de passageiros em 2017, último ano sem restrições.

Até antes da proibição, Latam e Gol voavam para o Aeroparque enquanto a Azul estreou seu voo para Buenos Aires utilizando o Ezeiza. Certamente, a companhia aérea de David Neeleman vai querer brigar para pousar no aeroporto central portenho.

Após a proibição de voos internacionais, o movimento no Aeroparque despencou

Veja também: Aerolíneas Argentinas desiste de vender seus jatos Embraer

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  1. Aeroparque é pertinho do centro de Buenos Aires , Ezeiza é muito distante taxi caro, onibus caro, um inferno, Brasil e Argentina terão muito a lucrar com essa decisão tanto no comercio como com o turismo.

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