A família ERJ da Embraer é um dos maiores sucessos da empresa e a responsável por recuperar a empresa após a crítica década de 1980 e transformá-la em uma das quatro principais fabricantes de aeronaves comerciais do mundo.
Com 1.231 unidades produzidas, o primeiro modelo – EMB-145, decolou em 11 de agosto de 1995. Depois disso surgiram outras variantes: EMB-135, em 1998, para 37 passageiros, e a versão EMB-140, em 2000, para 44 passageiros. Em 2001, as aeronaves tiveram seu prefixo alterado de EMB para ERJ, Embraer Regional Jet.
Apesar do sucesso mundial, foram poucas unidades vendidas aqui no Brasil, com a Rio-Sul sendo uma das empresas operadoras. No total, a companhia aérea regional do grupo Varig operou com 16 unidades do ERJ-145 entre 1997 e 2004. Alguns dos motivos da vida curta na empresa foram a abertura de Santos Dumont para aeronaves maiores fora da Ponte Aérea; o perfil das rotas regionais brasileiras, por serem de curta distância; e pelo fato de a Receita Federal tributar as aeronaves como executivas, encarecendo a operação.
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Só em 2009 houve o retorno dos ERJ aos céus brasileiros, nas asas da Passaredo, que operou também com 16 exemplares até 2012, quando os custos altos de operação e o aumento do combustível fizeram a empresa trocá-los pelos ATR-72-600. Entre as unidades operadas, um foi curioso, o PT-TJA, o único ERJ-135 a voar comercialmente no Brasil.
A história do PT-TJA
O Tango Julliet Alpha foi entregue para a empresa Chautauqua Airlines, dos EUA, em novembro de 2002 como N831RP e logo foi empregado pela Delta Connection, que tinha acordo de franchise com a Chautauqua para voos regionais.

A Passaredo recebeu a aeronave em 1º de novembro de 2010 para repor o PR-PSJ, que saiu da pista em Vitória da Conquista em 25 de agosto daquele ano. O voo inaugural ocorreu no dia 22 do mesmo mês, entre Ribeirão Preto e Belo Horizonte, aeroporto da Pampulha.
No dia 17 de agosto de 2011, o PT-TJA realizou o último voo do ERJ-135 no Brasil, entre Brasília e Ribeirão Preto, como voo 2379. Nestes 10 meses de operações, o PT-TJA não teve uma rota fixa, variando nas bases da Passaredo conforme a necessidade dos voos.
Após a saída da Passaredo, a aeronave foi para a sul-africana Airlink em novembro de 2011, onde recebeu a matrícula ZS-SUV e continua em operação atualmente.

Apesar de não ter feito grande sucesso, o ERJ 135 foi importante para a Embraer ao servir de base para o Legacy, seu primeiro jato executivo.