O prazo para que a Amaszonas Lineas Aereas retome seus voos na Bolívia está se esgotando. A companhia aérea deixou de operar há um mês após os quatro jatos Embraer E190 terem seus registros bloqueados pela DGAC, a agência de aviação civil boliviana.
José Iván García, diretor da agência, lembrou dias atrás que a Amaszonas precisa retomar os voos regulares até 60 dias após a suspensão da sua malha, o que está marcado para ocorrer no começo de outubro. Caso não realize um voo regular, a Amaszonas perderá o Certificado de Operador Aéreo (AOC).
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A transportadora, controlada pela Nella Linhas Aéreas, do empresário brasileiro Maurício de Souza, está discutindo com a arrendadora GY Aviation a respeito de dívidas do aluguel dos quatro jatos da Embraer que podem chegar a US$ 17 milhões.
A GY Aviation, parte do grupo CDB, alugou os quatro E190 em 2020, mas solicitou à DGAC o cancelamento do registro das aeronaves após não conseguir receber os pagamentos devidos pela Amaszonas.
A autoridade de aviação civil suspendeu as matrículas dos jatos CP-3135, CP-3142, CP-3145 e CP-3171 desde 7 de agosto, impedindo que a empresa aérea possa seguir operando já que ela não possui outras aeronaves na frota.
Dois dois E190 estão fora de serviço há meses, um parado na Bolívia e outro enviado à Embraer, no Brasil.
A Amaszonas tentou reverter na Justiça o bloqueio dos aviões, mas apesar de algumas decisões favoráveis, a DGAC segue impedindo que os E190 voltam a ser usados.
Em entrevista no mês passado, um executivo da Amaszonas afirmou que a empresa estava negociando um aporte de investidor dos EUA.