Após mais de cinco décadas em produção, o fim da linha do Boeing 747 está próximo. A fabricante entregou na quarta-feira (23) a penúltima aeronave do tipo à companhia aérea de carga Atlas Air, dos Estados Unidos, que vai operar o quadrimotor em nome da empresa de logística alemã Kuehne+Nagel. O modelo entregue à transportadora é um 747-8F, versão cargueira do “Jumbo”.
O último 747 também será entregue à Atlas, possivelmente no primeiro semestre de 2023. De acordo com a Boeing, a aeronave derradeira está na fase final de montagem na planta de Everett, no estado de Washington.
“Ao nos despedirmos da ‘Rainha dos Céus’, estamos orgulhosos de seu legado como um avião que impulsionou a inovação da aviação e mais tarde lançou as bases de nossa família de cargueiros”, disse Kim Smith, gerente dos programas Boeing 747 e 767.
Sem receber pedidos relevantes e com a produção em queda há vários anos, o fim do programa 747 foi confirmado pela fabricante norte-americana em julho de 2020. “Diante das perspectivas atuais do mercado, concluiremos a produção do icônico 747 em 2022. Nosso compromisso com o cliente não termina na entrega e continuaremos a apoiar as operações e a manutenção do 747 no futuro”, disse na época David Calhoun, diretor-executivo da Boeing.
Introduzido no mercado em 1970 pela extinta companhia aérea Pan Am, o Boeing 747 soma até o momento 1.573 exemplares produzidos em 52 anos, de modelos raros como o 747SP ao popular 747-400, que até hoje é utilizado em voos de passageiros. Atualmente, existem cerca de 400 Jumbos em operação ao redor do mundo.
Até o ano passado, o 747 era o avião widebody mais popular do mundo até ser ultrapassado pelo 777. Outra aeronave de grande porte que logo deve superar o número de produção do icônico avião da Boeing é o Airbus A330, que soma 1.551 entregas.
