Sucessora da Viasa como companhia aérea de bandeira da Venezuela, a Conviasa anunciou na semana passada planos de expansão de sua malha de voos de longo curso.
Em anúncio feito pelo presidente da empresa, Ramón Velásquez Araguayán (e que também ocupa o cargo de vice-ministro dos Transportes Aéreos do ‘Ministério do Poder Popular para os Transportes’), a Conviasa deve iniciar um voo entre Caracas, Moscou e Teerã em dezembro.
Para dar conta da demanda, a companhia está prestes a receber mais um quadrimotor A340-300, que se juntará aos outros dois modelos da Airbus de sua frota. “Foi possível comprar um avião Airbus A340-300, que já pagamos, e, se Deus quiser, deverá chegar na terceira ou quarta semana de novembro”, afirmou Araguayán à imprensa venezuelana.
Além disso, o presidente da Conviasa revelou a intenção de buscar no mercado três A340-500, variante de maior alcance e capacidade do jato da Airbus, a fim de permitir a expansão dos voos internacionais para países como Portugal, Itália e China.
Frota de jatos E190
Por conta do embargo dos EUA e das relações da ditadura de Nicolás Maduro com a Rússia e Irã, a Conviasa tem uma operação tortuosa e sofre restrições de sobrevoo em vários países. A companhia tem realizado alguns voos para Teerã considerados suspeitos pelos EUA, que envolveriam trocas de ouro e drogas por armamentos.
Sua frota de aeronaves conta com 16 jatos E190 comprados da Embraer durante o governo da ex-presidente brasileira Dilma Rousseff cujo partido apóia o regime bolivariano. A escolha dos A340 para dar suporte aos voos internacionais ocorre pela oferta elevada dessas aeronaves, que perderam espaço no mercado por conta do alto consumo de combustível.
Com grande produtora de petróleo, a Venezuela certamente não tem problema algum em abastecer os quadrimotores da Airbus.
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Acho que era melhor eles comprarem aviões russos Ilushin Il-96 do que um A340, fazendo parceria com a Cubana de Aviación em manutenções e voos.
Além de ser mais próximo do governo russo do que os da Airbus.