A companhia aérea estatal Conviasa recebeu um A340-300 no dia 31 de dezembro, conforme havia anunciado em 2020. É o segundo quadrimotor da Airbus a fazer parte da frota da empresa e que estava em manutenção no Irã antes de seguir para Caracas, capital da Venezuela.
Agora, a Conviasa passa a contar com dois A340, além de 16 Embraer E190 usados nas rotas de curto alcance. A companhia aérea, que sucedeu a Viasa (falida em 1997) tem operado apenas um A340-200, um dos primeiros modelos a serem fabricados e que já conta com mais de 27 anos.
O A340-300 que acaba de ser recebido também já esteve registrado na Venezuela, na companhia aérea Avior Airlines, onde operou entre 2016 e 2019. Originalmente, a aeronave foi entregue para a Air China em novembro de 1997 e chegou a voar pela Cathay Pacific.
A frota de A340 tem sido aposentada nos últimos anos por conta do alto custo de operação. Ao contrário do “irmão” bimotor A330, o quadrijato teve apenas 377 aviões produzidos dos quais 223 estão em serviço, segundo a Airbus. Enquanto isso, o A330 de primeira geração acumulava 1.454 unidades entregues até dezembro, das quais 1.380 estão ativas, demonstrando a eficiência do modelo.
Por conta dos embargos impostos pelos EUA e outros países ocidentais, a Conviasa tem tido dificuldades em adquirir aviões mais novos. Os 16 E-Jets foram negociados num período em que o governo brasileiro era simpático ao presidente Nicolás Maduro.
A Conviasa pretende relançar os voos entre Caracas e Moscou e também Teerã, destinos cujos países apoiam o regime bolivariano. O A340-300 também deve contribuir para aumentar o transporte de carga da empresa estatal, em alta por conta da pandemia.
Em declarações no ano passado, o presidente da companhia aérea revelou o interesse em adquirir três A340-500, variante de maior capacidade e alcance do widebody da Airbus.
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