Conviasa voltará a voar ao Brasil após quase três anos

Companhia aérea venezuelana agenda retorno de voos ao país em fevereiro; anúncio coincide com a posse de Luis Inácio Lula da Silva, que é próximo do governo Maduro
Embraer E190 da Conviasa (Maor X)

A companhia aérea venezuelana Conviasa está prestes a voltar a voar para o Brasil, na esteira da sucessão presidencial, com a saída de Jair Bolsonaro (PL) e a posse de Luis Inácio Lula da Silva (PT).

A empresa estatal deixou de operar no Brasil em fevereiro de 2020, no início da pandemia do Covid-19. Porém, mesmo com o fim das restrições sociais, a companhia não havia retomado as frequências entre os dois países.

Isso mudou tão logo Lula assumiu a presidência, em 1º janeiro. Próximo do político petista, o governo de Nicolás Maduro, por meio do SAAR Bolívar, que administra os aeroportos venezuelanos, anunciou em 10 de janeiro que a Venezuela “estará conectada por via aérea com a irmã República Federativa do Brasil”.

O voo, sem data certa para estrear, ligará Puerto Ordaz a Manaus às quintas-feiras. A rota de 1.300 km deverá ser atendida com aeronaves Embraer E190, que foram vendidas à Conviasa em 2012, quando a sucessora de Lula, Dilma Rousseff, estava na presidência.

Apesar do anúncio, ainda não há registros dos voos no sistema da ANAC, nem a própria Conviasa lista Manaus entre seus destinos por ora.

Espaço aéreo fechado

Em junho de 2022, o Instituto Nacional de Aeronáutica Civil (INAC), autoridade de aviação civil venezuelana, anunciou a reabertura do espaço aéreo do país para receber voos regulares de vários países, entre eles o Brasil. Apesar disso, a Conviasa decidiu não reativar as frequências que eram realizadas até antes da crise sanitária.

Já as companhias aéreas brasileiras não voam para a Venezuela desde 2016, quando o governo Maduro reteve receitas financeiras de várias empresas estrangeiras, entre elas a Gol.

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