O governo da Coreia do Sul e a fabricante Korea Aerospace Industries (KAI) deram início ao ambicioso programa de produção do caça KF-21 Boramae nesta semana.
A aeronave de geração 4,5 terá o primeiro lote de 20 unidades entregues à Força Aérea da República da Coreia (ROKAF) a partir do final de 2026.
Para marcar o início da produção do KF-21, a KAI e a DAPA (Administração do Programa de Aquisição de Defesa) realizaram uma cerimônia no Centro de Desenvolvimento de Sacheon, em 10 de junho.
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Os primeiros passos do programa envolvem a produção da fuselagem, motor e radar AESA, explicou o DAPA. O processo de montagem incluirá muitos procedimentos automatizados para ampliar a precisão e também a eficiência a fim de reduzir o período de produção.
A KAI também almeja tornar o Boramae um produto de exportação e tem conversado com potenciais clientes em contar com uma aeronave de combate mais avançada, mas com preços mais acessíves.
Variante furtiva e de exportação
Segundo a mídia local, a fabricante está avaliando três novas variantes do KF-21, para missões de guerra eletrônica, exportação e um caça com capacidade furtiva e compartimento de armamentos interno.
O KF-21 foi lançado pelo governo da Coreia do Sul como um projeto para dar ao país autonomia em aeronaves de combate. A ROKAF tem dependido de caças fornecidos pelos Estados Unidos como o F-16 e o F-35.
O país também operava o já obsoleto F-4 Phantom, mas aposentou os últimos exemplares semanas atrás. A próxima aeronave a sair de serviço é o F-5 Tiger II.
A KAI realizou o voo inaugural do KF-21 em julho de 2022 e desde então outros cinco aviões de testes se juntaram ao programa, incluindo uma variante de dois assentos.
Em menos de 2 anos, a KAI produziu 6 aviões de teste do KF-21. Já a FAB, neste mesmo período, recebeu apenas 3 unidades do Gripen. A continuar assim, a força aérea da Coreia do Sul terá mais de 100 unidades do caça KF-21 antes da FAB receber todas as 36 unidades do Gripen E/F. Vergonhosa essa situação, mas a solução não é adquirir caças F-16 usados., pois seria um desperdício de recursos públicos.