Tema que repercute na imprensa brasileira há mais de duas semanas, a possível venda da Avibras ganhou um novo contorno. Em sua primeira manifestação sobre o caso, a fabricante de material bélico informou nesta sexta-feira (31) que está em busca de investimentos para manter suas atividades no Brasil e que o Governo Federal acompanha o processo.
“A Avibras está buscando ampliar seu capital através de investimentos diretos de empresas estratégicas e o governo acompanha de perto a evolução deste processo, que é complexo e sigiloso. Há vários investidores interessados, porém nenhuma transação ocorreu até o momento. Na busca de novos investidores, a prioridade da Avibras e do governo brasileiro é manter as operações da empresa no Brasil juntamente com seu capital humano, físico e intelectual, preservando assim a sua história de conquistas construída ao longo de mais de seis décadas”, diz a nota oficial da empresa de Jacareí (SP).
A possível venda da Avibras veio à tona no último dia 15 de março, quando o website Relatório Reservado apontou que a alemã Rheinmetall, famosa no setor de armamentos e munições, estaria interessada em comprar a empresa brasileira. Uma semana depois, a Revista Veja revelou outro nome empenhado no negócio, o Edge Group, dos Emirados Árabes Unidos.
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Reagindo ao conteúdo das publicações, o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região vem fazendo reinvindicações enérgicas. Em comunicado, a organização trabalhista informou que pediu ao Governo Lula a proíbição da venda da Avibras para empresas do exterior e, em último caso, que a fabricante fosse estatizada.
No ofício enviado às autoridades brasileiras na terça-feira (28), o Sindicato argumentou que a venda da fabricante de material bélico “representa grave ameaça à soberania nacional, com perigosa transferência de elevada tecnologia para capital privado internacional”.
A Avibras possui um vasto catálogo de produtos e soluções de Defesa. A empresa produz lançadores de foguetes, mísseis, bombas, veículos blindados, entre outros. A maioria desses projetos é realizado em parceria com as forças armadas brasileiras.
Avibras em dificuldade
Fundada em 1961, a Avibras é o fabricante de artigos bélicos mais antigo do Brasil ainda em atividade e figura entre as Empresas Estratégicas de Defesa do país, junto de nomes como Embraer, Atech e Imbel. A companhia, no entanto, passa por um momento conturbado.
Em março de 2022, a Avibras entrou com um pedido de recuperação judicial na Justiça devido a uma dívida que girava em torno de R$ 640 milhões. Na época, a situação levou a demissão de 400 funcionários da unidade da empresa em Jacareí (SP), que posteriormente foi revertida pelo Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região.
Está foi a terceira vez que a Avibras acionou a Justiça com um pedido de recuperação judicial (os outros pedidos foram realizados em 1990 e 2008).
No comunicado de hoje, a Avibras ressaltou seu empenho no processo de recuperação. “A Avibras reforça o seu empenho e compromisso com a sua recuperação, com os seus colaboradores, parceiros e clientes. A companhia está confiante de que superará todos os desafios e retomará o crescimento em breve com trabalho, inovação e criatividade”, diz a nota.
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