O governo da Índia confirmou em Paris a seleção do caça naval Rafale M para equipar o porta-aviões INS Vikrant, mais nova embarcação capitânia da Marinha do país.
O acordo envolve a aquisição de 26 caças Rafale Marine, sendo a primeira vez que a aeronave é exportada.
A Dassault, fabricante do jato supersônico, celebrou a vitória na concorrência indiana, onde também competia o caça F/A-18E/F Super Hornet, da Boeing.
“Ao comemorarmos o 70º aniversário de nossa parceria com as Forças Indianas, gostaria de agradecer às autoridades indianas por esta nova marca de confiança e prometer, em nome da Dassault Aviation, que atenderemos plenamente às expectativas da Marinha Indiana com o Rafale”, disse Eric Trappier, presidente e CEO da Dassault Aviation.
A escolha do Rafale M muda o panorama da aviação embarcada da Marinha da Índia, que havia optado originalmente por contar com caças russos MiG-29K.
Esses jatos estão a bordo do primeiro porta-aviões indiano, o INS Vikramaditya, uma embarcação russa da classe Kiev que foi reformada nos anos 2000.
Caças problemáticos
Segundo relatos, os MiG-29K se mostraram problemáticos e com baixa disponibilidade. A Marinha da Índia avaliou não apenas o Rafale e o Super Hornet, mas também o caça local LCA Tejas em uma versão naval.
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O Rafale M tem apenas um operador, a Marinha da França, onde compõe a ala aérea do porta-aviões nuclear Charles de Gaulle.
Na Marinha indiana, o caça da Dassault fará decolagens por rampa, a contrário do navio francês, equipado com catapultas.
Segundo a mídia indiana, a encomenda deve incluir 22 Rafale M e quatro Rafales DH, de dois lugares, que serão usados em treinamento na shore.
A Índia também encomendou mais três submarinos Scorpenes no mesmo pacote dos caças da Dassault.