Renascida em 2019, a fabricante De Havilland Canada (DHC) está se preparando para suspender a produção do turboélice comercial Dash 8, aeronave que até pouco tempo era chamada pelo nome Q400 da Bombardier.
A empresa canadense pretende pausar a linha de montagem do avião neste ano, depois de construir e entregar os 17 aparelhos que ainda tem encomendado, a não ser que receba novos pedidos, de acordo com o Leeham News.
A publicação diz que a DHC já notificou seus fornecedores para frear o envio de componentes para novos aviões. O texto cita ainda que a ação é uma tentativa de evitar a construção de aeronaves “whitetail” (cauda branca) – aviões que são concluídos, mas não são vendidos a nenhum cliente.
Em resposta ao Simple Flying, a DHC confirmou o plano de suspender da produção do turboélice “ao mesmo tempo em que tomamos as medidas adequadas para proteger nosso pessoal e nossos negócios”, acrescentando que o Dash 8 continua à venda. A empresa, no entanto, não informou por quanto tempo a linha de montagem da aeronave deve ficar parada.
Outro ponto que coloca o futuro do Dash 8 em xeque é a incerteza sobre a manutenção da fábrica da aeronave, em Toronto, no Canadá. A instalação pertence à Bombardier, que por sua vez aluga o espaço para a De Havilland. O contrato de arrendamento do local expira em 2023.
Uma forma de contornar essa situação é transferir a linha de montagem do Dash 8 para a sede oficial da DHC, em Victoria, a cerca de 3.400 km de distância de Toronto. A empresa ainda não comentou sobre essa possibilidade.
O retorno da DHC
Uma das fabricantes aeronáuticas mais tradicionais do mundo, a De Havilland Canada foi restituída em 2019 após o grupo canadense Longview Aircraft Capital comprar o programa QSeries da Bombardier por US$ 300 milhões.
Com a mudança de comando, o então Q400 foi renomeado como “Dash 8-400”, seguindo a ordem natural da família Dash 8 original, que teve as versões -100, -200 e -300. O turboélice comercial foi lançado em 1983 pela De Havilland Canada, fabricante que posteriormente foi privatizada e adquirida pela Boeing, em 1986, e depois, em 1992, pela Bombardier, que extinguiu o nome DHC e mudou o nome do programa para QSeries.
A Longview Aircraft Capital tem uma longa associação com a Bombardier e a De Havilland Canada. Em 2005 e 2006, a Viking Air, uma das marcas do grupo canadense, adquiriu todo o antigo portfólio de aeronaves da DHC fora de produção, desde o DHC-1 Chipmunk até o DHC-7 Dash 7. Em 2007, a empresa reiniciou a produção do DHC-6 Twin Otter, com a série -400 atualizada.
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E ainda tiveram idiotas fazendo besteiras com a nossa EMBRAER.
Os apavorados de plantão meteram os pés pelas mãos e fizeram um acordo, no mínimo absurdo, mas ainda bem que acordaram em tempo.
Agora vemos grandes empresas fechando e por causa do mercado doido instalado no mundo todo e isso é bom para a nossa fábrica de aviões, uma vez que temos produtos melhores, mais baratos e bem mais confiáveis.