Dennis Muilenburg, CEO da Boeing, declarou que a fabricante não tomará uma “decisão firme” sobre o lançamento do novo avião de médio porte (NMA, na sigla em inglês) neste ano, mas afirmou que pretende apresentar o projeto ao conselho administrativo da fabricante antes do final de 2019. A aeronave que empresa cogita planeja nos próximos anos vem sendo chamada informalmente como “797” e ficaria posicionada no mercado entre os modelos 737 e 787.
Em entrevista ao Flight Global, Muilenburg disse que a aprovação do conselho permitirá a Boeing anunciar publicamente o programa, participar de discussões mais detalhadas com companhias aéreas e solicitar um grupo de lançamento. É esperado que o desenvolvimento do novo avião médio de fuselagem larga exija um investimento de até US$ 15 bilhões.
A próxima aprovação do conselho administrativo necessária para continuar o projeto é a de lançar a aeronave, o que permitiria a Boeing iniciar sua construção, acrescentou Muilenburg. A meta da empresa é colocar o novo jato em serviço a partir de 2025.
O CEO da Boeing ainda ressaltou que esse prazo de lançamento se alinha com o desenvolvimento do 777X, permitindo que a Boeing aumente os esforços no NMA à medida que o trabalho no novo 777 se encerra – o novo 777X está programado para estrear em 2020.
Muilenburg chama essa estratégia de “programas de sequenciamento”. Isso pode permitir que a Boeing evite a execução simultânea de dois programas importantes na aviação comercial e garante que os benefícios do NMA sejam obtidos pelo 777X. Da mesma, o desenvolvimento do NMA poderia, em tese, levar ao desenvolvimento de um novo avião de corpo estreito, acrescentou o CEO.
O executivo ainda disse que a Boeing tem a oportunidade de explorar um mercado potencialmente lucrativo com o NMA e citou algumas razões para isso.
“É uma área de mercado que não pode ser resolvida modificando as plataformas existentes”, disse Muilenburg. “O NMA, se construído, seria o avião mais adequado para a substituição de widebodies menos eficientes em rotas de médio curso e para o lançamento de novas rotas que não fazem sentido econômico com as aeronaves de hoje.”
Um novo tipo de avião comercial
O NMA vem sendo estudado desde 2012, quando a Boeing detectou uma nova tendência surgindo no mercado de aviação comercial. Muitas companhias aéreas buscam uma aeronave capaz de cumprir voos de alta demanda em rotas de médio alcance e também como opção para destinos mais distantes e com fluxo de passageiros menor que o necessário para viabilizar a operação de um 787, por exemplo. Ou seja, é preciso um avião médio entre 737 e o 787.
Dados preliminares do projeto dão conta de que o NMA poderá transportar de 200 a 270 passageiros, com alcance de voo entre 7.400 km e 9.300 km. Com esse porte e desempenho, o projeto aparece como o provável substituto para os modelos 757 e 767.
A Airbus, por sua vez, diz que já atende essa recente necessidade do mercado com o A321LR, versão do A321neo com alcance de voo ampliado.
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Me lembra o B767 que voei na VARIG como Comissário de Bordo por bons anos. Fazíamos vôos da Rota Doméstica e vôos internacionais para Europa, EUA, America Latina.
Ca para mim o E-195 vai ser renomado B-797, agora que a Boeing comprou 80% da Embraer.