Uma das promessas de campanha do presidente Javier Milei, a Aerolineas Argentinas será considerada “sujeita à privatização” por meio de um decreto a ser assinado nesta semana.
O decreto é o primeiro passo no processo de venda da companhia aérea de bandeira argentina, que foi renacionalizada em 2008.
Em coletiva em 27 de setembro, o governo explicou os planos, que ainda precisam ser aprovados pelo Congresso do país.
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Segundo o porta-voz presidencial, Manuel Adorni, a Aerolineas Argentinas acumula déficits seguidos e teve de receber cerca de US$ 8 bilhões em repasses do governo para seguir operando.
“Somente em 2023, o déficit operacional da Aerolíneas Argentinas foi de US$ 390 milhões e até o momento é de US$ 84 milhões”, disse o governo.
Um dos sintomas da ineficiência da empresa, segundo a gestão Milei, é que há 1.204 pilotos para uma frota de 81 aeronaves, ou quase 15 tripulantes por jato.
Outro argumento citado é que hoje não existem empresas aéreas eficientes geridas 100% pelo estado. “Nos poucos casos em que o Estado tem participação, é minoritário para contribuir com a sua opinião em questões estratégicas”, disseram.
Contexto diferente
Questionados sobre o fracasso da primeira privatização da Aerolíneas em 1990, os representantes do governo consideram que o contexto atual é diferente de quatro décadas atrás, quando o ex-presidente Carlos Menem vendeu a empresa para um consórcio liderado pelo grupo Iberia.
Naquela época, a Aerolineas deixou de ser estatal, mas preservou a exclusividade no mercado de viagens aéreas argentinas.
Atualmente o transporte aéreo no país conta com outras empresas como as low-costs Flybondi e JetSmart.