Única grande companhia aérea dos EUA que não opera o 737 MAX, a Delta Air Lines estaria muito perto de fechar um pedido de até 100 aeronaves do modelo da Boeing, disseram fontes da Reuters nesta sexta-feira, 18.
A Delta tem sido uma grande cliente de aeronaves da Airbus, operando hoje desde a família A320, passando pelo A330neo e o A350 e incluindo o A220, um jato que desgastou a relação com a Boeing após a fabricante não se conformar em perder uma concorrência e entrar na Justiça dos EUA – onde acabou derrotada.
Agora a situação parece ter mudado, com a companhia aérea mostrando-se interessada em incluir uma quantidade significativa de jatos 737 MAX 10, para até 210 lugares, na potencial encomenda. Nem a Delta nem a Boeing quiseram comentar.
O MAX 10 foi desenvolvido para tentar conter o crescimento de vendas do A321neo, aeronave que tem dominado os pedidos na Airbus, ainda mais por conta das versões LR e XLR, de longo alcance.
Porém, a Boeing está em meio a um impasse por conta de dificuldades para certificar o novo jato, que tem previsão de entrada em serviço em 2023.
A Boeing tenta evitar que o 737 MAX 10 seja incluído num novo procedimento de alerta de segurança no cockpit, que pode atrasar o processo de certificação na FAA, a agência de aviação civil dos EUA.
A autoridade norte-americana tem sido mais criteriosa em relação à certificação das aeronaves da Boeing após os problemas com o 737 MAX e o 787.
Enquanto isso, a fabricante tenta acumular horas de voo com os dois protótipos do MAX 10, um deles visto em testes na região da Base Aérea de Edwards, na Califórnia. A aeronave voou pela primeira vez em junho de 2021.