Depois de comprar o Embraer KC-390, Portugal estaria interessado no Super Tucano

Segundo informações da Scramble Magazine, Força Aérea Portuguesa tem interesse no Super Tucano para função de treinamento avançado de pilotos
O Embraer A-29 Super Tucano lança uma bomba guiada a laser em avaliação do programa OA-X (USAF)
O Embraer Super Tucano lançando uma bomba guiada a laser em avaliação nos EUA (USAF)

Próximo cliente da aeronave multimissão C-390 Millennium, a Força Aérea Portuguesa (FAP) pode adquirir mais um produto militar da Embraer. Segundo informações da Scramble Magazine, a FAP agora está interessada no avião de ataque leve A-29 Super Tucano.

De acordo com a publicação, a aeronave brasileira é apontada como um possível substituto para os Dassault-Dornier Alpha Jet, aposentados da frota portuguesa em 2018. Os jatos eram usados pela FAP no treinamento avançado de pilotos na transição para voar em caças, função que o turboélice da Embraer também pode cumprir.

O texto cita ainda que a FAP poderia avaliar os concorrentes do A-29, tais como o Beechcraft T-6A Texan II e o Pilatus PC-21. Em contato com o Airway, a Embraer respondeu que “não comenta possibilidades de negócios”.

Caso avance na compra dos Super Tucanos, a FAP não vai ter tanto trabalho com a manutenção das aeronaves. Empresa portuguesa controlada pela Embraer, a OGMA é habilitada para realizar processos de reparo e suporte nos aviões brasileiros, entre outros modelos militares e civis de diversos fabricantes – a OGMA também produz aeroestruturas e componentes para aviões e helicópteros de diferentes fabricantes, incluindo itens críticos do Embraer C-390.

Embraer Super Tucano
A Força Aérea Brasileira é o maior operador do Super Tucano, com mais de 90 aeronaves (FAB)

Super Tucano ainda não emplacou na Europa

Aeronave militar mais vendida pela Embraer nos últimos anos, o A-29 Super Tucano está espalhado por forças aéreas em quase todos os continentes, disponível em 15 países. A Europa, no entanto, ainda é um território inexplorado pelo turboélice fabricado no Brasil. Mas isso pode mudar em breve.

Em agosto, a força aérea da Ucrânia divulgou um comunicado confirmando o interesse no Super Tucano e sugeriu o modelo da Embraer como opção para reequipar a frota de aviões de treinamento avançado, substituindo os antigos jatos L-39 Albatroz fabricados na Checoslováquia.

Treinador/Ataque

Com mais de 200 unidades produzidas desde 2003, o Super Tucano tem hoje uma posição de destaque no mercado bélico. O modelo projetado no Brasil é considerado um dos mais avançados do mundo na categoria dos aviões de ataque leve e foi provado em combate com sucesso.

O avião da Embraer também é apreciado na função de treinamento avançado de aviadores, servindo como uma ponte na transição para caças supersônicos. Por ser um turboélice, o Super Tucano oferece custos mais baixos com manutenção e combustível comparado aos jatos leves empregados em voos de adestramentos.

Projeto que serviu de base para o A-29, o Embraer Tucano foi um importante avião de treinamento das forças aéreas mais poderosas da Europa, empregado na França e no Reino Unido (que operou a versão “Short Tucano” produzida pela Short Brothers na Irlanda do Norte).

O Short Tucano foi o último avião produzido pela Short Brothers, entre 1986 e 1995 (Adrian Pingstone)
O Short Tucano foi o último avião produzido pela Short Brothers (Adrian Pingstone)

Veja mais: Hungria é o novo cliente do Embraer C-390 Millennium

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