Os últimos anos vêm sendo difíceis para a Boeing. A Airbus assumiu a primeira colocação no mercado de aviões comerciais e a divisão militar não tem nenhum novo projeto de aeronave de combate em andamento.
A Boeing disputou e perdeu os dois grandes últimos programas militares nos Estados Unidos, o JSF (Joint Strike Fighter), que originou o caça F-35, da Lockheed Martin, e o LRSB (Long Range Strike Bomber), para um novo bombardeiro furtivo, conquistado pela Northrop-Grumman.
Em entrevista a Aviaton Week, a nova presidente da Boeing Defense, Leanne Caret, afirmou que a divisão passa por uma fase de mudanças estratégicas. “Se eu disser que nosso plano é ser o líder no mercado de caças, vocês todos diriam que eu sou uma idiota. Vamos ser bem sinceros, nos perdemos o programa JSF”, contou Leanne.
Na disputa do JSF, iniciado em 1996 e ainda em andamento, a Boeing concorreu com o projeto X-32. A aeronave buscava unir várias possibilidades em um único avião, assim como é o F-35, disponível em três versões, incluindo um modelo VSTOL, de pouso e decolagem verticais.
“Nós temos que parar de definir o futuro da empresa baseado em apenas um ou dois programas, e nos estamos fazendo isso na história dos caças. Isso não quer dizer que é certo ou errado, eu apenas penso que isso não representa a grande diversidade do portfólio da Boeing Defense”, contou a presidente da divisão militar da Boeing, que assumiu o novo posto em fevereiro deste ano, após atuar em outras áreas da empresa por 28 anos.
Atualmente, a Boeing Defense mantém ativa em St. Louis, nos EUA, as linhas de produção dos caças F-15 Eagle e do F/A-18 Super Hornet, além da versão de guerra eletrônica EA-18 Growler. A expectativa da empresa é de que essas aeronaves continuem em produção além da próxima década, ainda que não tenha pedidos confirmados.
Outro caça a Boeing poderia voltar a produzir, no caso de novos pedidos do governo dos EUA, é o F-22 Raptor, desenvolvido em parceria com a Lockheed Martin. A aeronave, considerada a mais avançada do mundo em seu segmento, foi produzida entre 1996 e 2011. Foram construídas 195 unidades, cada uma vendida por cerca de US$ 150 milhões.
Sem grandes ambições no mercado de novos caças, Caret contou a publicação que uma das estratégias da empresa neste momento é se tornar líder no segmento de “adaptações militares” em aeronaves comerciais, como a conversão de grandes jatos em aviões tanque para reabastecimento aéreo.
A nova presidente da Boeing Defense também falou sobre reforçar a atuação da empresa no mercado de helicópteros, projetos espaciais, satélites de inteligência militar e tecnologias autônomas.
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Eu tenho quase certeza que o o X-32 perdeu por causa de estética e ´´grupinho´´, algo que sempre parece perdurar na escolha de lutadores americanos. Os problemas em relação aos gases do motor assim como a potência do mesmo seriam rapidamente resolvidos caso ele fosse selecionado. A Boeing é maravilhosa e vai ter muito sucesso ainda. Aliás, ela já tem.