Há menos de um mês, o Ministério da Defesa da Colômbia anunciou a pré-seleção do jato de combate francês Dassault Rafale para substituir os antigos caças insraelenses IAI Kfir em serviço na força aérea do país. Nesta segunda-feira (2), porém, a história já é outra o modelo sueco Saab Gripen também passou a ser considerado uma opção de compra.
Ministro da Defesa da Colômbia, Ivan Velásquez declarou em entrevista à W Radio Colombia que as negociações com a Dassault Aviation e a Saab AB realizadas no fim do ano passado fracassaram.
Até então, Velásquez e o Ministério da Defesa colombiano havia confirmado somente a “pré-negociação” com a fabricante francesa, que oferecia um produto mais interessante em “termos de preço, eficiência e operacionalidade” que o Gripen e o Lockheed Martin F-16, que era o terceiro modelo na disputa do contrato colombiano.
“Infelizmente, nas pré-negociações que aconteceram no final do ano (passado), não conseguimos confirmar com os franceses ou com os suecos”, disse o ministro colombiano, acrescentando que a aprovação dos gastos de US$ 678 milhões para comprar um lote inicial de aeronaves expirou na virada do ano.
Segundo Velásquez, os fabricantes não aceitaram vender um lote inicial com três a cinco jatos de combate pelo orçamento aprovado no governo anterior. Por outro lado, o ministro afirmou que as empresas queriam selar acordos para vender um total de 16 caças, que é a quantidade de caças pretendida pela Fuerza Aérea Colombiana (FAC) para substituir os Kfir.
Por fim, o ministro da defesa colombiano afirmou que a pasta vai conduzir “esforços contínuos” para viabilizar a compra dos novos caças para a FAC ainda neste ano. Resta saber se a escolha definitiva será pelo Rafale ou o Gripen – ou se haverá novas surpresas no processo de seleção da aeronave, como o ocorreu hoje.
Atualmente o último operador do caça da IAI, a FAC busca um novo jato de superioridade aérea há mais de uma década. A frota atual em serviço no país é composta por 19 Kfir com idade média de 42 anos. Esses aviões foram adquiridos em 1989 segundo mão pela Colômbia de estoques de Israel.
Caso a Colômbia selecione o Gripen E/F, há uma grande oportunidade para o Brasil se envolver no negócio, uma vez que o jato sueco também será produzido na sede da Embraer em Gavião Peixoto (SP).
Seria interessante para o Brasil “armar” a Colômbia?
Vejo como uma situação bem complicada para o Brasil ter que fornecer armamentos para nosso país vizinho com toda a instabilidade política que há a décadas ali.