Fabricante brasileira estreante no setor de aviação, a Desenvolvimento Aeronáutico (Desaer) tem um novo produto na rampa de lançamento. Em contato com o AIRWAY, a empresa confirmou a estreia do UAV-400P, um drone de uso agrícola, no Congresso de Aviação Agrícola. O evento, em Sertãozinho (SP), será realizado entre os dias 18 e 20 de julho.
Com o formato de um helicóptero tradicional, o UAV-400P é totalmente elétrico e controlado remotamente. “É bem mais prático e fácil de operar um drone como o que estamos projetando do que um avião agrícola tradicional, com motor a combustão. Ele é ideal para a operações em pequenas e médias propriedades”, antecipou Evandro Fileno, fundador e diretor da Desaer, em contato com a redação.
O nome do aparelho indica sua vocação: UAV é a sigla em inglês para “Veículo Aéreo não Tripulado”, o número 400 indica capacidade volumétrica em litros do compartimento de defensivos agrícolas da aeronave e a letra “P” é uma abreviação da função do veículo, que é pulverizar plantações com pesticidas e fertilizantes.
Siga o AIRWAY nas redes: Facebook | LinkedIn | Youtube | Instagram | Twitter
O UAV-400P é desenvolvido pela Desaer em parceria com o H8 Group, fabricante brasileiro de componentes para a indústria aeroespacial. O projeto também tem o auxílio da Magnix, empresa dos Estados Unidos especializada em motores elétricos para aplicação na aviação.
“Já desenvolvemos algumas partes do drone. A previsão é que ele chegue ao mercado em 15 meses. Será o primeiro produto da Desaer no mercado”, revelou Fileno, que lidera a construção da fábrica da Desaer em Araxá (MG). “Estamos preparando uma parte do terreno de nossa fábrica para produzir o AV-400P”, acrescentou. A planta construção na região do Triângulo Mineiro também é preparada para produzir os aviões utilitários ATL-100 e ATL-300.
“Usamos no UAV-400P as mesmas tecnologias que vemos em drones de uso militar na Europa e nos EUA. É um produto de última geração, mas para o mercado agrícola”, contou o diretor da Desaer, que prometeu revelar mais detalhes do produto durante o Congresso de Aviação Agrícola.
Atualmente esse mercado é dominado pela chinesa DJI. Com um drone multi hélices também com 40 litros. O custo com baterias é o grande problema, onde para que ele seja rentável se necessita de pelo menos 3 baterias, uma no drone voando, uma recarregando e outra resfriando. Com cada voo durando no máximo 15 minutos e contando como um ciclo, cada bateria tem um vida útil de aproximadamente 1000 ciclos, e aí vem a bomba: R$ 25.000,00 cada.
Penso que o equipamento poderá ser utilizado para outras funções civis e militares, como vigilância, engenharia, etc…