Desenvolvido no Brasil, míssil A-Darter entra na fase de testes

Armamento será utilizado por caças da FAB e Marinha e futuramente pelo Gripen NG
O míssil A-Darter é concebido para o combate "ar-ar"(Divulgação)
O míssil A-Darter é concebido para o combate “ar-ar”(Divulgação)
O míssil A-Darter é concebido para o combate "ar-ar", contra aeronaves inimigas (Divulgação)
O míssil A-Darter é concebido para o combate “ar-ar”, contra aeronaves inimigas (Divulgação)

O míssil A-Darter, desenvolvido por empresas do Brasil e África do Sul, estrou na etapa de ensaios de certificação. Segundo o gerente do projeto, Tenente-Coronel Anderson Moreira, da Força Aérea Brasileira (FAB), está é “praticamente a última fase” de desenvolvimento do armamento. Os testes devem ocorrer ainda neste ano, no continente africano.

“Encerraram-se os ensaios de desenvolvimento e agora estamos nos preparando para comprovar para as autoridades certificadoras que o produto funciona de acordo com a especificação dos fabricantes e o atendimento aos requisitos dos clientes”, afirma Moreira.

O A-Darter é um míssil do tipo “ar-ar”, concebido para combater aeronaves. Como explica a FAB, trata-se de uma armamento de quinta geração, orientado por infra-vermelho, de curto alcance, entre 8 e 12 km.

O novo míssil será uma das principais armas do caça Gripen NG, que será incorporado à frota da força aérea a partir de 2019. O armamento também será utilizado pelos caças F-5 e A-1 da FAB e o AF-1 (A-4 Skyhawk) da Marinha do Brasil.

“É um projeto de ponta entre dois países que tiveram um alinhamento de interesses e conseguiram comprovar a capacidade de nações do hemisfério sul em fazer produtos de alta tecnologia na área de defesa”, avalia o gerente do projeto.

Segundo a FAB, as características do míssil atendem aos desafios dos combates aéreos contra caças de última geração em ambientes hostis de contramedidas eletrônicas, sistemas capazes de “enganar” mísseis. Entre os diferenciais estão a capacidade de alto ângulo de visada e de manobra, a detecção de alvos além do alcance infravermelho, comunicação com a visualização integrado ao capacete do piloto, o chamado HMD – Helmet-Mounted Display, e contramedidas eletrônicas para evitar falsos alvos.

O A-Darter tem 2,98 metros de comprimento e pesa 89 kg (Divulgação)
O A-Darter tem 2,98 metros de comprimento e pesa 89 kg (Divulgação)

“O míssil tem capacidade de detectar e ignorar o flare (contramedida de defesa de aeronaves) e ir para o alvo correto”, explica o Tenente-Coronel Anderson.

Além de equipar a defesa aérea da FAB, o projeto capacita a indústria nacional, especialmente a base industrial de defesa, para desenvolvimento de sistemas bélicos de alta tecnologia. Avibras, Mectron e a Opto Defesa e Espaço, do grupo Akaer, foram beneficiárias do processo de transferência de tecnologia.

No Brasil, o projeto é financiado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações por meio da Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP).

Fonte: FAB

Veja mais: CBA-123, o super-avião da Embraer que ficou no passado

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