Uma alteração na Lei de Orçamento para 2016, decretada pela presidente Dilma Rousseff, nesta quarta-feira (11), autorizou o deslocamento de recursos antes destinados a investimentos para a manutenção em vários órgãos do governo. A maior movimentação aconteceu no quadro da Aeronáutica: uma verba de R$ 101 milhões, antes prevista para dar continuidade ao programa de modernização do caça-bombardeiro A-1 neste ano, agora será aplicada na compra de combustível e revisão das aeronaves atuais.
Esse é mais um golpe no processo de modernização do A-1, designação militar da Força Aérea Brasileira (FAB) para o caça-bombardeiro Embraer AMX. As novas soluções para a aeronave foram propostas em 2003 e o primeiro protótipo modernizado pela Embraer voou em 2007.
Naquela época, o programa avaliado em US$ 400 milhões previa a modernização de 43 aeronaves no período de cinco anos. Após uma série de contratempos com renegociações de contrato, a primeira aeronave, designada “A-1M”, foi entregue a Aeronáutica somente em 2013. Desde então, a FAB recebeu apenas outros dois caças AMX com a nova configuração.
Nesse mesmo tempo, a força aérea da Itália, o outro usuário do AMX (desenvolvido pela Embraer em parceria com fabricantes italianos), realizou uma modernização semelhante a proposta ao modelo brasileiro em 52 jatos de sua frota. Os italianos atualizaram seus aviões entre 2006 e 2012 e o programa custou US$ 350 milhões.
Já os investimentos nos programas de desenvolvimento do cargueiro militar Embraer KC-390 e parceria para construção do caça Saab Gripen NG, não foram prejudicados no orçamento.
Novos equipamentos do AMX
Na ativa com a FAB desde 1989, o A-1 é um avião militar versátil: pode atuar em uma variedade de missões, de caça-bombardeiro à operações de reconhecimento. No entanto, os equipamentos da aeronave da primeira geração, como sensores de busca e controles de armas, estão ultrapassados.
Na versão modernizada, o A-1M é um avião de combate melhor preparado para as ameaças modernas. O design do AMX é o mesmo, mas seu interior contém algumas das tecnologias militares mais avançadas em seu segmento.
Os equipamentos de voo são distribuídos em telas digitais e um novo sistema de geração de oxigênio para a cabine permite ao avião (e ao piloto) voar em grandes altitudes por mais tempo. O A-1M também possui um sistema mais avançado de alerta e contramedidas (flares e chaff) contra mísseis.
As principais alterações tecnológicas da aeronave são os novos sensores de busca por infla-vermelho e o radar “multi-modo”, que pode atuar em busca de aviões ou mapeando o terreno por onde voa. Esses equipamentos permitem ao A-1M “enxergar” até 80 km à frente e disparar suas armas com precisão.
Durante o processo de instalação dos novos equipamentos, a estrutura e asas dos caças também são completamente revitalizadas, o que aumenta a vida útil programada do avião. Os A-1M da FAB, por exemplo, tem capacidade para continuar voando até meados de 2032. Já os A-1 da primeira geração talvez não consigam seguir na ativa por tanto tempo, ao menos se o programa não for continuado.
Em contato com o Airway, a assessoria de imprensa da Aeronáutica informou que os A-1 seguem operando normalmente, respeitando os limites para o qual foi projetado. No entanto, ainda não existe uma previsão sobre a continuidade do programa de modernização, informou a Aeronáutica.
Os caça-bombardeiros AMX fabricados pela Embraer são operados pelos esquadrões “Poker” e “Centauro”, na Base de Santa Maria (RS), e pelo esquadrão “Adelphi”, na Base de Santa Cruz (RJ).
Só corrigindo, o A1 de BASC é operado pelo Esquadrão Adelphi (1º/16º GAv) e não o Pampa (que é um esquadrão da BACO/RS).
A corrupção está na veia de quem administra o dinheiro público. Para essas pessoas, não existe nação, não existe educação, não existe futuro e perspectiva para NADA E NEM NINGUÉM. A única coisa que eles veem em frente a seus olhos é auferir a maior quantidade de dinheiro e benesses que puderem…