Um Super Tucano da força aérea de Mali caiu nesta terça-feira, 7 de abril, em Sévaré, na região central do país africano. Segundo a imprensa local, o acidente ocorreu quando a aeronave retornava de uma missão de reconhecimento. Os dois pilotos a bordo do avião, o capitão Moussa Maïga e o co-piloto, tenente Mamadou Boubaca Traoré, não conseguiram ejetar e morreram na queda.
Em entrevista coletiva, o Chefe do Estado Maior de Mali, Brigadeiro-General Souleymane Doucouré, afirmou que a aeronave – matrícula TZ04C – caiu quando se preparava para aterrissar no aeroporto de Sévaré, que abriga uma base da força aérea de Mali (Armée de L’Air du Mali). O momento da queda foi registrado em vídeo (confira abaixo).
De acordo com o general Doucouré, uma comissão técnica de investigação militar foi criada para determinar as causas do acidente.
Os Super Tucanos da força aérea de Mali são alguns dos modelos mais novos fabricados pela Embraer, que recebeu a encomenda do país em 2015. Quatro aeronaves de um total de seis pedidos foram entregues ao país na África Ocidental em julho de 2018.
#Mopti – #Sevaré : Ce jour 07 avril 2020 à 11h 36 min, dans le camp de l’armée de terre, un avion de chasse super Tucano en excercice s’est écrasé non loin de la poudrière. Bilan 2 morts.
Source: militaire pic.twitter.com/yHCByurXQi
— KONATE Malick (@konate90) April 7, 2020
As aeronaves de ataque da Embraer são empregadas pela força aérea de Mali nas funções de treinamento avançado, vigilância de fronteiras e missões de segurança interna. A região norte do país africano enfrenta desde 2012 uma série de conflitos armados contra grupos extremistas.
Os Super Tucanos malianos podem ser equipados com duas metralhadoras de 12,7 mm e contam com quatro pontos de fixação de armamentos nas asas capazes de receber lançadores de foguetes, bombas ou casulos de canhões.
Super Tucano na África
Nações africanas são atualmente um dos maiores clientes do Super Tucano. Mali foi o quarto país do continente a adquirir os aviões brasileiros, que também são operados em Angola, Burkina Faso e Mauritânia. A Embraer também negocia a venda do turbo-hélice militar para Gana e Nigéria.
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